Igreja Católica ainda sem valores para indemnizar vítimas de abusos sexuais
À data de hoje "foram apresentados 89 pedidos de compensação financeira".
À data de hoje "foram apresentados 89 pedidos de compensação financeira".
"O pagamento das compensações financeiras será feito com recurso a um fundo da Conferência Episcopal Portuguesa, e que contará com o contributo solidário das Dioceses e dos Institutos de Vida Consagrada", avançou a CEP.
Comissões de instrução avaliaram até ao momento o caso de 68 pessoas, refere o grupo Vita.
Em Roma desde 2011, Carlos Azevedo exerce as funções de delegado do Comité Pontifício para as Ciências Históricas. Em 2013, foi suspeito de assédio sexual a membros da Igreja, mas na altura o Vaticano negou ter sido instaurado um processo disciplinar.
Motivos do processo são desconhecidos.
"O Santo Padre aceitou a renúncia ao cargo de núncio apostólico em Portugal apresentada por monsenhor Ivo Scapolo, Arcebispo Titular de Tagaste", por limite de idade, refere o boletim da Santa Sé.
O Vaticano já referiu que o Conclave, que decidirá quem será o próximo Papa, será realizado durante o mês de maio.
Já foram ouvidas 32 pessoas, estando previsto que este trabalho continue até ao mês de julho, cabendo depois à comissão de instrução da Igreja Católica a responsabilidade de decidir a resposta a dar.
Estes pedidos de compensação financeira para as vítimas de abusos sexuais na Igreja católica estão a ser analisados por duas comissões, uma das quais avalia os factos e outra os montantes a atribuir, de acordo com o regulamento publicado em julho de 2024.
Até 21 de janeiro, data do balanço anterior, tinham pedido ajuda 118 pessoas, menos seis do que atualmente.
Até ao momento, foram instruídos oito processos, mas o grupo VITA considera que é necessário ter uma "amostra adequada" para discutir os valores das compensações a pagar.
Segundo Rute Agulhas algumas das vítimas "querem só desabafar, partilhar, quebrar o segredo que em média dura 40 anos", sublinhando que a maior parte dos casos estão prescritos, porque "já aconteceram há muito tempo".
O Sínodo, a assembleia de bispos e leigos de todo o mundo reunida no Vaticano, terminou no sábado com um documento com as conclusões da reunião validado pelo Papa Francisco.
O Grupo VITA propôs à Igreja a revisão de alguns aspetos do regulamento que define os procedimentos para a compensação financeira das vítimas de violência sexual.
Um dos organismos avalia os factos e o outro, os montantes a atribuir, anunciou a Conferência Episcopal Portuguesa.
Durante os contactos com o Grupo VITA, a necessidade mais frequentemente reportada pelas vítimas é o apoio psicológico, em 67,2% dos casos.