
Detidos por rapto e roubo a empresário pertencem a organização criminosa internacional
O diretor da Polícia Judiciária do Centro afirmou que a investigação decorre com a colaboração de autoridades policiais internacionais.
O diretor da Polícia Judiciária do Centro afirmou que a investigação decorre com a colaboração de autoridades policiais internacionais.
O julgamento do general João Cordeiro por crime de falsidade de testemunho resulta de uma certidão extraída do processo relativo ao assalto ao paiol de Tancos, no qual a acusação refere que o ex-diretor da Polícia Judiciária Militar (PJM) Luís Vieira confessou a Vasco Brazão, ex-porta-voz daquela polícia, "ter contado tudo o que sabia" ao então chefe da Casa Militar do Presidente da República.
Em 2017, deu-se o furto das armas do paiol de Tancos, seguido da recuperação do armamento meses depois. Antigo ministro Azeredo Lopes, o antigo diretor da Polícia Judiciária Militar (PJM) Luís Vieira e o ex-porta-voz desta instituição militar Vasco Brazão encontram-se entre os 23 arguidos.
Presidente do PSD criticou o diretor da Polícia Judiciária por "ter aproveitado o facto de a polícia sul-africana ter detido João Rendeiro" para "beneficiar indiretamente o PS".
Atual diretor da Polícia Judiciária assumiu funções em 2018 e o Governo renovou o mandato de Luís Neves por mais três anos.
O antigo ministro da Defesa relatou um encontro com o diretor da Polícia Judiciária Militar, mas recusa que este fosse visita regular em sua casa.
O Presidente da República afirma que nunca se encontrou com Luís Vieira. Leia as duas respostas que deu ao tribunal.
Entre os 23 arguidos está o ex-ministro da Defesa Azeredo Lopes, o ex-diretor da Polícia Judiciária Militar Luís Vieira, o ex-porta-voz da PJM Vasco Brazão e elementos da GNR de Loulé.
Defesa insistiu ainda que é preciso apurar se foi ou não celebrado um acordo de facto entre o ex-fuzileiro, altas patentes da GNR, o ex-diretor da Polícia Judiciária Militar e o então ministro da Defesa Azeredo Lopes.
Audiência ao diretor da Polícia Judiciária, Luis Neves e aos procuradores João Melo e Vitor Magalhães durou menos de uma hora. Arguido sublinha que desconhecia que "a PJM se encontrava impedida de investigar o caso".
O MP acusou o coronel de associação criminosa e tráfico e mediação de armas, entre outros crimes.
Luís Vieira estava em prisão preventiva desde setembro do ano passado no âmbito do caso de Tancos.
Coronel Luís Vieira foi chamado ao DCIAP, mas não quis prestar declarações.
Coronel está em prisão preventiva desde 25 de setembro, no âmbito da Operação Húbris.
Na origem da detenção do Coronel Luís Augusto Vieira estará o roubo de armas de Tancos.