Em outubro de 2022, o então ministro das Infraestruturas, Pedro Nuno Santos (PS), revelou que a administração da TAP tinha pedido uma auditoria por suspeitar estar a pagar mais pelos aviões do que os concorrentes e que o Governo encaminhou as conclusões para o Ministério Público.
A TAP viu-se hoje envolvida em mais uma polémica depois da Polícia Judiciária realizar buscas à empresa.
Processo de privatização, em 2015, na reta final do governo PSD/CDS, está na origem desta investigação.
Airbus clarificou numa carta marcada com selo de "confidencial" a David Neeleman - mostrada à Parpública em setembro de 2015 - que não faria a troca de encomendas dos aviões com a TAP, só com ele. E que o preço dos novos aviões pedidos era “justo”, como mostrariam as avaliações - Neeleman enviou três ao lado português.
O inquérito em causa foi aberto em fevereiro de 2023 e resultou da participação efetuada por Fernando Medina e Pedro Nuno Santos.
O ministro das Infraestruturas, que foi secretário de Estado aquando da privatização da TAP em 2015, disse que a legitimidade das suas funções atuais pertence ao primeiro-ministro.
O ministro das Infraestruturas e Habitação, Miguel Pinto Luz, disse que o processo "foi dos mais escrutinados na democracia portuguesa".
Não foram encontrados quaisquer impedimentos que entravem a venda da transportadora aérea ao consórcio Atlantic Gateway, de Humberto Pedrosa e David Neeleman
A concretização da venda fica agora dependente da aprovação da Autoridade Nacional de Aviação Civil (ANAC)...
Diz que não resultarão entraves significativos à concorrência.
O PR recusou comentar possibilidade de recuo no negócio, como ameaça o PS caso seja Governo. E diz que não pactua com pessimismos e miserabilismos
Os dois empresários compraram 66% do grupo TAP.
A privatização de até 61% da TAP atraiu David Neeleman, Germán Efromovich e Miguel Pais do Amaral. O Governo quer assinar o contrato até 30 de Junho
Até às 17h00 de hoje.
