Manifesto com mais de 200 personalidades contra "cancelamento público" de Boaventura Sousa Santos
O manifesto mostra-se contra "a forma como foi violado o direito de defesa do professor Boaventura e a sua presunção de inocência".
O manifesto mostra-se contra "a forma como foi violado o direito de defesa do professor Boaventura e a sua presunção de inocência".
Três investigadoras denunciaram situações de assédio num livro, o que levou a que Boaventura de Sousa Santos e Bruno Sena Martins acabassem suspensos de todos os cargos que ocupavam no CES.
Em entrevista Boaventura de Sousa Santos diz que as denúncias de assédio sexual de que foi alvo têm por base sentimentos de "vingança" e negou a necessidade de pedir perdão.
Investigador foi visado num capítulo do livro "Má conduta sexual na Academia - Para uma Ética de Cuidado na Universidade", onde três investigadoras que passaram pelo CES também acusaram Boaventura de Sousa Santos de assédio.
Movimento feminista fez notar “silêncio estridente dos partidos de esquerda”. Líder da distrital e da concelhia do BE são do CES e não se pronunciam à SÁBADO.
Instituição indica ainda que processo prévio de inquérito foi concluído, não tendo sido apurados "indícios de eventuais infrações relevantes para a instauração de processo disciplinar".
A parte contrária terá "alguns dias para oferecer documentos", ficando depois com "alguns dias para responder", explicou o advogado do investigador.
Com esta ação em tribunal, o investigador procura assegurar a proteção do seu bom nome e honra, face às acusações de assédio do coletivo de mulheres.
Sociólogo denunciado por assédio reage assim a acusações "feitas pelas signatárias da chamada sexta carta do autointitulado coletivo de vítimas, em março passado", apontam advogados.
Os investigadores Boaventura Sousa Santos e Bruno Sena Martins foram suspensos de todos os cargos que ocupavam no CES após denúncias.
"Nunca esperei uma absolvição das suspeitas que sobre mim pairaram porque, efetivamente, nunca fui confrontado com acusações concretas de abuso de poder ou de assédio - como, aliás, o próprio documento agora atesta", refere o sociólogo em comunicado enviado à agência Lusa.
A comissão independente concluiu que o CES contribuiu para perpetuação de situações de abuso e assédio entre professores e alunos.
Denúncias de assédio no CES divulgadas em abril do ano passado levaram a que os investigadores Boaventura Sousa Santos e Bruno Sena Martins acabassem suspensos de todos os cargos que ocupavam.
Foram feitas denuncias sobre situações de assédio, que levou a que os investigadores Boaventura Sousa Santos e Bruno Sena Martins acabassem suspensos de todos os cargos que ocupavam no CES.
De acordo com o coletivo de mulheres, as nove denúncias enviadas à Comissão Independente reportam-se "a situações de assédio ocorridas em atividades, projetos ou grupos de pesquisa dirigidos por Boaventura de Sousa Santos".
As denúncias de alegadas situações de assédio têm que ser submetidas até 30 de setembro. Porém, instituição demorou quatro meses a criar uma comissão.