
Portugal tem 12.800 bombeiros e é o terceiro pior da UE a investir em proteção contra fogos
Portugal investe o equivalente a 0,3% da despesa governamental.
Portugal investe o equivalente a 0,3% da despesa governamental.
Negociações ficaram marcadas por protestos, mas o acordo garante aumentos na ordem dos 60% em três anos e mantém as categorias da carreira, tal como as 35 horas semanais de trabalho, afastando a proposta do Governo de 31 horas e meia de trabalho suplementar, e garante o suplemento relativo aos fatores de risco.
Fora do acordo ficam o Sindicato Nacional dos Bombeiros Sapadores (SNBS), que diz ser o mais representativo, e o Sindicato Independente dos Trabalhadores da Floresta, Ambiente e Proteção Civil.
Em comunicado, o SNBS considerou que o acordo proposto "é injusto, lesivo e propício a gerar conflitos e divisões internas".
Governo e SNBS estiveram reunidos durante cerca de três horas. Suplemento semelhante ao das forças de segurança é o que mais divide as duas partes.
Quase mil reclusos estão a ajudar no combate aos incêndios de Los Angeles, que duram já há uma semana. Trabalham 24 horas por dia, recebem €26 e a sua missão é abrandar a propagação do fogo.
A reunião está marcada para as 15:30, no edifício sede do Governo, em Lisboa.
A outra grande estrutura sindical do setor, o Sindicato Nacional dos Bombeiros Sapadores (SNBS) anunciou uma greve nacional para 15 de janeiro.
Na semana passada, o Governo foi confrontado com um novo protesto dos sapadores bombeiros não comunicado à Câmara Municipal, em que foram lançados petardos e tochas e derrubado um perímetro de segurança policial.
Informação surge depois de o Governo ter admitido que as negociações poderiam ser retomadas se as partes tivessem um "diálogo institucional sereno"
A proposta implica que, a partir de janeiro de 2025, os bombeiros sapadores no ativo tenham um aumento médio de "cerca de 5%" nas suas remunerações.
Em causa está a "reivindicação da revisão do estatuto profissional, indexação da tabela salarial dos bombeiros sapadores à remuneração mínima nacional e a correção da atual tabela remuneratória dos bombeiros sapadores em mais 52 euros".
Greve estende-se até 31 de outubro. Em causa está o pedido por melhores condições salariais.
Bombeiros profissionais denunciam um clima de "confronto" e "ingerências operacionais" que prejudicam a prestação do socorro.
A análise é do Eurostat, que indica existirem 13.700 bombeiros profissionais no País.
Liga dos Bombeiros diz que é preciso pensar na floresta "não na ótica da rentabilidade mas na do ambiente" e lamenta "não ser ouvida". Defende que "os bombeiros têm de ser coordenados por bombeiros" e, por isso, pedem a aprovação de um Comando Nacional.