Situação coincide com o aumento da incidência das infeções respiratórias. Cobertura vacinal contra a covid-19 e contra a gripe "é elevada e tem conferido uma proteção crescente" dos mais vulneráveis.
Segundo a autoridade de saúde, o risco de miocardite após uma dose de reforço da nova vacina da Pfizer, desenvolvida para combater especificamente as linhagens BA.4 e BA.5 da variante Ómicron, não foi ainda caracterizado.
Manuel Carmo Gomes refere que desde que a linha SNS 24 deixou de prescrever testes de despiste da covid-19 os dados de incidência "estão longe de representar a realidade".
Comité de Medicamentos de Uso Humano da Agência Europeia de Medicamentos concluiu que "os benefícios" daquelas vacinas "superam os riscos".
O relatório indica ainda que continua a registar-se uma tendência decrescente da ocupação hospitalar por covid-19, com 431 internados na segunda-feira, que representavam menos 8% do que os hospitalizados na semana anterior.
Estudo concluiu ainda que o risco de infeção é semelhante entre as duas linhagens, tanto em pessoas com o esquema vacinal completo, como em pessoas com a dose de reforço.
O índice de transmissibilidade (RT) é inferior a 1 em todo o país. A mortalidade específica por covid-19 situa-se em 17,7 óbitos em 14 dias por um milhão de habitantes.
Ao longo dos cerca de três meses desde o início da sexta vaga da pandemia, Portugal registou um total de 2.331 óbitos associados à covid-19.
O presidente terminou o tratamento com o medicamento antirretroviral oral Paxlovid - licenciado nos EUA para tratar casos moderados de covid-19 – e face a dois testes negativos pode sair do "estrito isolamento" em que se encontrava.
O relatório semanal mostra uma diminuição de casos, mortes e internamentos na última semana. R(t) mantém-se abaixo de 1 em todo o país excepto no Algarve.
Em relação à semana anterior, registaram-se menos 17.185 casos de infeção, verificando-se ainda uma redução de 22 mortes na comparação entre os dois períodos.
A entrada da variante BA.5 ao mesmo tempo que caiu o uso obrigatório da máscara explica a diferença para outros países que, segundo os especialistas, sentirão a seu tempo esta nova vaga. Taxa de letalidade está abaixo da da gripe sazonal - nunca foi tão pouco provável morrer de Covid em Portugal.
Os 1.455 óbitos registados nos últimos 60 dias representam apenas cerca de 6% do total de 23.150 mortes comunicadas à OMS, desde do registo da primeira vítima mortal por covid-19 em Portugal.
A percentagem de testes positivos para SARS-CoV-2 entre 17 e 23 de maio foi de 51,9%, tendo-se registado um aumento do número de despistes da infeção realizados.
Os avisos surgem num relatório do Instituto Superior Técnico sobre a pandemia. "A positividade dos testes mantém-se em níveis altíssimos, acima dos 59%", indica documento.
Os especialistas avisam para uma sexta vaga de covid-19. Há um ano, havia menos mortes e casos, mas o país saía de um confinamento duro e a variante tinha menos capacidade de infetar.
