
Se aulas começassem hoje haveria mais de 400 mil alunos sem todos os professores atribuídos
No ano passado "havia 164 horários sem professores atribuídos, e agora há mais de três mil", alertou José Feliciano Costa, secretário-geral da Fenprof.
No ano passado "havia 164 horários sem professores atribuídos, e agora há mais de três mil", alertou José Feliciano Costa, secretário-geral da Fenprof.
Mais de 90% dos inquiridos na consulta nacional, promovida pela Federação Nacional da Educação (FNE) e pela Associação para a Formação e Investigação em Educação e Trabalho (AFIET), consideram trabalhar muito para aquilo que recebem e entendem que os salários não estão ao nível das qualificações e competências exigidas.
O ministro da Educação apresentou às 12 organizações sindicais que representam os professores a proposta de alteração ao apoio atribuído a professores deslocados.
Poucos professores aposentados a regressarem ao ativo e a baixa adesão à especialidade de Medicina Geral e Familiar, mostram que as medidas apresentadas não estão a surtir o efeito desejado. Sindicatos defende outras soluções.
A federação considera que a proposta para minimizar a falta de professores nas escolas melhorou, mas que deveria ter "ido mais longe".
Estes professores "não conseguiram obter colocação, mesmo tendo concorrido a todas as vagas disponíveis nos 63 Quadros de Zona Pedagógica e a um número significativo de escolas", refere a FNE.
"O recurso a professores aposentados e em fim de carreira não deverá ser a principal ou única resposta para a falta de professores", defendeu dirigente sindical.
Mais de 6 mil docentes conseguiram lugar nos quadros do Ministério da Educação, de acordo com as listas de colocação.
"Sabemos que é um diploma sensível e concluímos que não tínhamos condições", explicou o ministro Fernando Alexandre.
Um novo aeroporto, Alta Velocidade, recuperação de tempo dos professores, um IRS Jovem mais atrativo e um plano de emergência para o SNS. O executivo de Montenegro está a apresentar medidas a um nível super sónico, mas acumulam-se críticas.
A proposta apresentada pela tutela e que prevê a recuperação do tempo de serviço a uma média anual de 25% entre 2024 e 2027 foi aceite por várias entidades que representam os professores.
Os seis anos, seis meses e 23 dias serão contabilizados ao longo de quatro anos: 50% em 2024 e 2025 e os restantes em 2026 e 2027.
O Ministério da Educação, Ciência e Inovação recebeu hoje os sindicatos para continuar as negociações sobre a recuperação dos seis anos, seis meses e 23 dias de tempo de serviço dos professores com diferentes contrapropostas em cima da mesa.
Depois de a tutela ter apresentado a sua proposta no dia 3, que prevê a devolução faseadamente dos seis anos, seis meses e 23 dias de tempo congelado a uma média anual de 20%, as organizações levam agora diferentes contrapropostas.
"Caíram as duas linhas vermelhas que tínhamos", disse o secretário-geral da Federação Nacional dos Professores, Mário Nogueira.
As reuniões no Ministério da Educação, Ciência e Inovação, em Lisboa, iniciam-se às 8h30 com a Fenprof, prosseguem às 10h15 com a FNE e terminam entre as 12h e as 13h30 com ASPL, FENEI, FEPECI, Pró-Ordem, SEPLEU, SIPE, SIPPEB, SNPL, SPLIU e Stop.