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Torre de Belém e Mosteiro dos Jerónimos entre os monumentos encerrados devido a greve

Lusa 10 de junho de 2025 às 17:56

O dirigente sindical acrescentou que há equipamentos que abriram parcialmente com recurso a trabalhadores temporários, sem conseguir precisar números concretos.

Vários museus e monumentos estão hoje fechados, entre os quais a Torre de Belém e o Mosteiro dos Jerónimos, devido à greve dos trabalhadores em dias de feriado, indicou o dirigente sindical Orlando Almeida.

João Cortesão / SÁBADO

"Temos a indicação de que fecharam os Jerónimos, Torre de Belém, Castelo de Guimarães, Paço dos Duques, [Museu] Conímbriga, Mosteiro de Alcobaça e Museu dos Coches", disse à Lusa Orlando Almeida, dirigente da Federação Nacional dos Sindicatos dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais (FNSTFPS).

Os trabalhadores dos museus e monumentos nacionais estão hoje em greve, no quadro de uma convocação da FNSTFPS para os feriados.

O dirigente sindical acrescentou que há equipamentos que abriram parcialmente com recurso a trabalhadores temporários, sem conseguir precisar números concretos.

"Basicamente é um dia de luta idêntico aos dias anteriores", afirmou, considerando que o balanço é positivo devido aos constrangimentos causados.

"É positivo, tendo em conta que alguns estão com constrangimentos e que alguns, face à sua dimensão, não são necessários muito trabalhadores, às vezes são só um ou dois trabalhadores para se manterem abertos e, de facto, é mais um dia bom de luta, um grande dia de luta", reforçou.

Orlando Almeida reiterou que serão feitos novos pedidos de reuniões com o Ministério da Cultura, Juventude e Desporto e com a Museus e Monumentos de Portugal.

A convocação da greve foi feita na altura da Páscoa, com prazo até 31 de dezembro deste ano, para exigir a valorização do trabalho prestado em dias feriados e também do trabalho suplementar, que os trabalhadores consideram ser insuficientemente pagas.

Até ao momento, não houve, de acordo com a FNSTFPS, resposta da tutela às reivindicações destes trabalhadores.

Em abril, o dirigente sindical tinha indicado à Lusa que a federação se tinha reunido em março com a anterior ministra da Cultura, Dalila Rodrigues, e com a administração da Museus e Monumentos de Portugal: "Não houve nem abertura para negociar, nem uma proposta sequer" por parte da tutela.

Segundo Orlando Almeida, os trabalhadores dos museus, monumentos e sítios arqueológicos de tutela pública recebem, em dias de feriado, cerca de 15 a 20 euros, o que representa "metade de um dia normal", e são-lhes pagas apenas até duas horas suplementares, embora por vezes tenham de trabalhar mais do que esse tempo no total.

Nos 38 museus, monumentos e palácios nacionais geridos pela Museus e Monumentos de Portugal, entre os quais o Palácio Nacional de Mafra, o Mosteiro dos Jerónimos e Torre de Belém, em Lisboa, e o Convento de Cristo, em Tomar, trabalham atualmente cerca de mil funcionários, estimou Orlando Almeida.

A agência Lusa contactou por correio eletrónico a Museus e Monumentos de Portugal sobre a greve e a possibilidade de abertura de negociações com trabalhadores, no início da semana, e a entidade respondeu, através da direção de comunicação: "Nesta fase, não temos comentários adicionais a fazer."

Em 2023, os 38 equipamentos da Museus e Monumentos de Portugal receberam mais de cinco milhões de visitantes.

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