Rangel e Galante mantiveram-se em silêncio no interrogatório
Os juízes desembargadores no Tribunal da Relação de Lisboa foram indiciados por corrupção e recebimento indevido de vantagem, branqueamento, tráfico de influências e fraude fiscal.
O juiz Rui Rangel e a ex-mulher, a juíza Fátima Galante, só vão conhecer as medidas de coacção amanhã. Ambos os arguidos na Operação Lex mantiveram o silêncio durante o primeiro dia de interrogatório no Supremo Tribunal de Justiça. Entraram no tribunal às 9h50. O interrogatório terminou cerca das 16 horas.
Os juízes desembargadores no Tribunal da Relação de Lisboa foram indiciados por corrupção e recebimento indevido de vantagem, branqueamento, tráfico de influências e fraude fiscal. Entre os outros dez arguidos na Operação Lex, estão o presidente do Benfica, Luís Filipe Vieira, o vice-presidente do clube Fernando Tavares e o ex-presidente da Federação Portuguesa de Futebol João Rodrigues.
João Nabais, advogado de Rui Rangel, afirmou aos jornalistas que o Ministério Público vai apresentar a sua posição em relação a esta questão na sexta-feira, às 10:00.
O primeiro dia das audições aos juízes desembargadores do Tribunal da Relação de Lisboa terminou pouco antes das 16:00 sem que os dois arguidos tenham prestado declarações.
Em declarações anteriores aos jornalistas, João Nabais já tinha avançado que a defesa tinha suscitado "um conjunto de questões procedimentais que tem a ver com acesso de documentos e prazos".
"Tudo isto é terreno novo. Não é normal haver inquéritos e instrução no Supremo", observou João Nabais, afirmando ainda que as defesas de Fátima Galante e de Rui Rangel estão concertadas.
Cinco dos arguidos da Operação Lex que foram detidos já foram ouvidos no Supremo. Saíram em liberdade, mediante o pagamento de uma caução de €25 mil.
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