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Interrogatório judicial de Armando Vara terminou

10 de julho de 2015 às 18:21

O interrogatório terminou pelas 17h30, no Tribunal Central de Instrução Criminal, em Lisboa, e o Ministério Público vai apresentar as medidas de coação ao juiz Carlos Alexandre por volta das 18h30

O interrogatório judicial de Armando Vara terminou pelas 17h30, no Tribunal Central de Instrução Criminal, em Lisboa, e o Ministério Público vai apresentar as medidas de coação ao juiz Carlos Alexandre por volta das 18h30, disse fonte judicial.

Armando Vara, que é defendido por Tiago Bastos, foi detido na quinta-feira, por suspeitas de corrupção, fraude fiscal e branqueamento de capitais, informou a Procuradoria-Geral da República (PGR).

Após o interrogatório judicial, que começou hoje pelas 12h, é agora a vez de o Ministério Público propor as medidas de coação que entender adequadas, sendo, porém, o juiz o responsável por as determinar.

Armando Vara, de 61 anos, foi, nos governos socialistas de António Guterres, ministro-adjunto do primeiro-ministro, com os pelouros da juventude, toxicodependência e comunicação social, e ministro da Juventude e Desporto.

Posteriormente, foi administrador da Caixa Geral de Depósitos e do Millennium BCP.

Em Setembro do ano passado, Armando Vara foi condenado a cinco anos de prisão efectiva, no processo Face Oculta, por tráfico de influências. Esta decisão está em recurso no Tribunal da Relação do Porto.

A Operação Marquês já conta com nove arguidos, sendo que o ex-primeiro ministro José Sócrates é o único que se encontra preso preventivamente, indiciado por fraude fiscal qualificada, corrupção e branqueamento de capitais.

O empresário Carlos Santos Silva, o administrador do grupo Lena Joaquim Barroca, o ex-motorista de Sócrates João Perna, o administrador da farmacêutica Octapharma Paulo Lalanda de Castro, a mulher de Carlos Santos Silva, Inês do Rosário, o advogado Gonçalo Trindade Ferreira e o presidente da empresa que gere o empreendimento de Vale do Lobo, Diogo Gaspar Ferreira são os outros arguidos no processo.

Entretanto hoje, os advogados de defesa de José Sócrates emitiram uma nota de esclarecimento, na qual indicam que o ex-primeiro-ministro "não tem [...] qualquer tipo responsabilidade, participação ou contributo em qualquer ato que seja sequer suspeito de ter beneficiado directamente quaisquer interesses privados, designadamente do empreendimento Vale do Lobo ou dos seus proprietários ou clientes".

Indicam também ser "absolutamente falso" que alguma vez Sócrates tenha recebido vantagem "patrimonial ou financeira" e que não tem "conhecimento do relacionamento entre o referido empreendimento turístico e as indicadas pessoas [Armando Vara] e quaisquer instituições bancárias". 

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