Envolvimento político dos jovens poderá trazer "esperança"
Cavaco Silva esteve reunido durante cerca de uma hora com as associações académicas do Ensino Superior, na Assembleia da República
O Presidente da República esteve esta terça-feira, 30 de Junho, reunido com dirigentes associativos do Ensino Superior e terminou o encontro reclamando que um maior envolvimento cívico e político traria "mais esperança e confiança" a Portugal.
"Seria útil escutar directamente os jovens e criar condições para o seu envolvimento directo nas questões que lhes dizem respeito", vincou o chefe de Estado no Palácio de Belém.
Cavaco Silva esteve reunido durante cerca de uma hora com as Associações Académicas do Ensino Superior, que trouxeram a Cavaco Silva um caderno reivindicativo sobre o movimento estudantil.
No final do encontro, e em declarações perante os jovens a que a comunicação social pôde assistir, o Presidente enalteceu o trabalho dos dirigentes associativos, que conceberam um texto com "temas da maior importância" para se pensar o Ensino Superior.
A "importância do investimento em educação" foi relembrada por Cavaco Silva, que se socorreu de notas da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) que apontam Portugal como um país onde "do ponto de vista social e individual" é "altamente rentável" investir nesta área.
Sobre as alterações recentemente aprovadas ao regulamento de atribuição de bolsas — que vão contemplar mais 3 mil a 4 mil alunos no próximo ano lectivo —, o chefe de Estado diz que este "é um passo, mas talvez seja um passo insuficiente", até porque, advoga, "ninguém pode ficar excluído" do Ensino Superior se tiver qualidades para tal e pretender seguir essa via.
O caderno, com o nome "Por um Caminho de Futuro - O Programa de Governo do Movimento Associativo Estudantil para a XIII Legislatura", foi votado e aprovado a 21 de Junho em Faro num encontro nacional de direcções associativas.
Acção social e abandono escolar, investigação e inovação e o financiamento das instituições de Ensino Superior, são algumas das áreas abordadas no texto.
O texto, lembrou Cavaco Silva, deve ser tido em conta pelo actual Governo mas também por todas as forças políticas que concorrem às legislativas deste ano.
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