Detido suspeito de assalto à Secretaria-Geral do MAI

O assaltante aproveitou os andaimes de uma das obras a decorrer nas imediações, partiu uma janela e entrou no edifício pelo sexto andar e roubou oito computadores portáteis. Um pertencia ao chefe de informática e outro à secretária-geral adjunta, Teresa Costa. 

Nos computadores haveria documentos importantes e confidenciais, apesar do o gabinete da ministra da Administração Interna, Margarida Blasco, ter esclarecido que "alguns deles ainda não tinham tido uso já que são de reserva/substituição". Até ao momento nenhum foi recuperado.

"Nunca podemos descartar a possibilidade de haver intenção, não de roubar os equipamentos pelo valor monetário, mas pelo valor daquilo que eles contêm, isto é, da informação", já havia indicado à SÁBADO Francisco Rodrigues, especialista em segurança e também coronel da GNR reformado. 

Entre 28 de agosto e 2 de setembro, a PSP colocou no terreno várias equipas. Foi através da recolha de informação e análise de provas que terão conseguido chegar ao suspeito, adianta a CNN. 

O homem de 39 anos será agora presente a um juiz, num inquérito que decorre no Departamento de Investigação e Ação Penal de Lisboa. 

Fonte da PSP disse ao canal de televisão que a polícia chegou ao local às 9h52, depois do alerta de um agente que se apercebeu que havia gabinetes remexidos. Sabe-se que no prédio não havia sistema de alarme e que as câmaras de vigilância não estariam a funcionar. 

"Nós descuramos segurança, isto é, há muito pouco investimento nos sistemas, nas estruturas, nas pessoas que deveriam ter a sua responsabilidade de garantir uma estrutura segura", sublinhou Francisco Rodrigues ao acrescentar que a presença de câmaras de segurança nem sempre é o suficiente para travar atos criminosos. 

"Se tiver uma claraboia no telhado, essa claraboia tem que estar protegida, se tiver escadas de incêndio também devem estar devidamente protegidas. Não é o facto de termos uma câmara em qualquer lado que vai fazer com que alguém perca a vontade de o fazer", indicou. 

A Secretaria-Geral tem por missão prestar apoio técnico à formulação de políticas, ao planeamento estratégico e à política legislativa no âmbito do MAI, garantir o apoio técnico e administrativo aos gabinetes dos membros do Governo e aos órgãos e serviços sem estrutura de apoio administrativo, bem como assegurar a prestação de serviços comuns aos serviços do Ministério, a condução do processo orçamental no âmbito do MAI e a gestão dos programas com financiamento comunitário e outros programas com financiamento internacional, em articulação com as entidades nacionais e internacionais com competências neste domínio, assim como prestar apoio técnico ao desenvolvimento das relações internacionais no âmbito do MAI e assegurar e coordenar tecnicamente o recenseamento automático e a administração eleitoral.

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