É por sabermos a fragilidade de uma coisa bela que nos prendemos tanto a ela, porque nos salva do horror de um dia não a termos mais. Há tanta beleza em tanto lado que devia ser crime ver coisas que magoam, que doem por dentro e por fora, coisas que desfeiam o mundo.
A BELEZA é o que nos mantém vivos. Damos de caras com qualquer coisa que nos enche os olhos de espanto e alegria, coisas pequenas às vezes, pormenores que ficamos felizes por termos descoberto, segredos que queremos só nossos, e depois pensamos no que nos levou até ali, até ao ponto de estarmos quase a chorar, e então lembramo-nos que é o confronto com o fim de tudo que nos permite ver a beleza assim tão grande, tão imensamente grande. É por sabermos a fragilidade de uma coisa bela que nos prendemos tanto a ela, porque nos salva do horror de um dia não a termos mais. Há tanta beleza em tanto lado que devia ser crime ver coisas que magoam, que doem por dentro e por fora, coisas que desfeiam o mundo. Mas a beleza é uma salvação, pode ser uma coisa tão pequena, dois minutos de sol num dia de inverno, um sol que encontra um rasgão entre as nuvens só para pintar tudo de dourado, a refletir no mar durante aquele tempo – e de repente aqueles dois minutos são o que nos faz acreditar que afinal o que quer que seja ainda é possível, com o calor no nosso corpo a contrariar a promessa de frio; somos inundados de uma alegria tão grande, de uma beleza que nos engole e nos leva para onde bem entender, uma manhã de glória onde tudo parece possível outra vez. O mundo está cheio de coisas muito bonitas, mas é difícil encontrar isso nos dias todos. O pior do belo é que não tem mérito, não foi feito para ser belo, nem escolheu sê-lo. É como um acidente: aconteceu e pronto. Uma flor não sabe que é bonita. Mesmo as pessoas belas, por mais que tentem, não têm culpa. Não há beleza esforçada. Só há beleza óbvia ou beleza ridícula.
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