Por que sou mandatária de Jorge Pinto
Já muito se refletiu sobre a falta de incentivos para “os bons” irem para a política: as horas são longas, a responsabilidade é imensa, o escrutínio é severo e a remuneração está longe de compensar as dores de cabeça. O cenário é bem mais apelativo para os populistas e para os oportunistas, como está à vista de toda a gente.
Conheci o Jorge em maio de 2020. Havia partilhado no Twitter, para pouquíssimos leitores, que me tinha acabado de mudar para Bruxelas sozinha. Fui para trabalhar numa organização não governamental de advogados em defesa do clima. Estava entusiasmada, mas intimidada. Conhecia muito pouca gente e tinha o francês enferrujado. Recebi, então, uma simpática mensagem do Jorge, que não conhecia, convidando para beber uma cerveja ao fim da tarde, com outros portugueses. A partir desse encontro, fiz vários amigos com quem ainda hoje mantenho o contacto. Naquele ano e meio que passei em Bruxelas, o Jorge era uma companhia regular – e uma das melhores de todas. Ele chocava-se com a minha incapacidade de distinguir entre um sotaque de Amarante e um de Gaia. Eu esforçava-me para não parecer uma lisboeta centralista aos olhos dele, provavelmente sem sucesso. Falávamos do Livre, dos nossos planos para o crescimento de uma esquerda verde, progressista e europeísta em Portugal e, de caminho, da sua paixão pelo St. Gilloise. O Jorge é, simultaneamente, culto e despretensioso. Temos poucos anos de diferença, mas sempre o olhei com uma certa reverência, talvez porque ele é, naturalmente, como eu sempre ambicionei ser.
A admiração e estima que ganhei por ele não se abalaram quando, recentemente, me confessou que apenas me escreveu em 2020 porque acreditava estar a falar para outra Leonor Caldeira, membro fundadora do Livre e então membro do Conselho de Jurisdição do partido. Quando se apercebeu do equívoco, escondeu-o elegantemente e quis, na mesma, ser meu amigo.
Em março de 2024, o Jorge foi eleito deputado à Assembleia da República e voltámos a viver na mesma cidade. Desde então, tem sido com enorme entusiasmo que assisto ao país a descobrir um homem com qualidades raras e com uma enorme vocação para o serviço público.
Já muito se refletiu sobre a falta de incentivos para “os bons” irem para a política: as horas são longas, a responsabilidade é imensa, o escrutínio é severo e a remuneração está longe de compensar as dores de cabeça. O cenário é bem mais apelativo para os populistas e para os oportunistas, como está à vista de toda a gente. Felizmente, há exceções e o Jorge é uma delas. Saibamos estimá-lo.
O meu Portugal ideal é um em que o Jorge Pinto é Presidente da República. Um Presidente que conhece profundamente o nosso país e que, sendo filho de Abril, quer cuidar e preservar o regime democrático para a nossa geração e para gerações vindouras. Um Presidente que exerceria, com ambição, o juramento de cumprir e fazer cumprir a nossa Constituição e que lutaria, no limite dos seus poderes, para expelir as ameaças presentes. Além disto, alguém que confio que estaria tão confortável numa tasca em qualquer bairro residencial no nosso país como num encontro de alto nível com outros chefes de Estado.
Lembremo-nos: no boletim, todas as candidaturas estão em pé de igualdade. Na urna, cada eleitor deve votar, livremente, em quem mais o representa, na sua solução ideal. Os tacticismos do voto útil são a negação da democracia. Deixar de votar no candidato mais competente, mais ambicioso, mais capaz, porque há alguém que se estima que terá mais hipóteses de ser eleito é a subversão deste exercício de livre escolha.
Os debates das últimas semanas têm apresentado o Jorge Pinto a muitos portugueses pela primeira vez e há muita gente bem impressionada, surpreendida e esperançosa com o que tem visto. Isto é só o início e a eleição está totalmente em aberto.
No dia 18 de janeiro de 2026 terei a honra de votar no Jorge Pinto para Presidente da República. Juntem-se a nós.
Por que sou mandatária de Jorge Pinto
Já muito se refletiu sobre a falta de incentivos para “os bons” irem para a política: as horas são longas, a responsabilidade é imensa, o escrutínio é severo e a remuneração está longe de compensar as dores de cabeça. O cenário é bem mais apelativo para os populistas e para os oportunistas, como está à vista de toda a gente.
O que é uma greve não política, sr. primeiro-ministro?
Esta greve tem motivações políticas, sim, sendo elas a luta pelos direitos dos trabalhadores, o combate à precariedade e a rejeição de um modelo económico assente na flexibilização unilateral e na desproteção.
Um genocídio e um Parlamento
Para ser cúmplice de genocídio, basta que quem presta apoio saiba que esse apoio facilita atos de genocídio cometidos por terceiros.
A eleição presidencial mais importante desde o 25 de Abril
Nos próximos dez anos, ninguém nos garante que André Ventura não se tornará Primeiro-Ministro e que não tente um assalto à Constituição para construir a prometida “quarta república” onde vigorarão os tais “três Salazares”.
Justiça para José e Nívia Estevam
A resposta das responsáveis escola é chocante. No momento em que soube que o seu filho sofrera uma amputação das pontas dos dedos da mão, esta mãe foi forçado a ler a seguinte justificação: “O sangue foi limpo para os outros meninos não andarem a pisar nem ficarem impressionados, e não foi tanto sangue assim".
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Boas leituras!