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Portugueses reagem com indiferença a ataque terrorista no bairro em Londres

02 de fevereiro de 2020 às 19:38

O ataque terrorista que resultou em três pessoas feridas aconteceu a poucos metros de um restaurante português, mas a proprietária continuou a servir almoços normalmente.

O ataque terrorista registado este domingo emLondresque resultou em três pessoas feridas aconteceu a poucos metros de um restaurante português, mas a proprietária continuou a servir almoços normalmente, disse a própria à agência Lusa.

"O restaurante estava cheio e as pessoas continuaram a vir para almoçar. A rua está fechada ao trânsito, mas estamos fora do cordão [de segurança]", afirmou Sandra Gomes, proprietária do restaurante La Casita.

O restaurante fica em Streatham High Road, na mesma rua e a menos de 50 metros do local onde um homem foi abatido pela polícia, alegadamente por ter esfaqueado três pessoas, uma das quais com gravidade.

A Lusa contactou outros cafés e restaurantes portuguesas no bairro, mas os proprietários ou empregados manifestaram-se indisponíveis por estarem ocupados ou por não terem informação sobre o incidente.

Streatham é uma zona periférica no sul de Londres que atraiu muitos portugueses ou lusófonos nos últimos anos porque bairros como Stockwell e Brixton, que pertencem ao mesmo município de Lambeth, tornaram-se muito caros para residir.

A proprietária do restaurante La Casita admite que viver em Londres, onde se registaram vários ataques terroristas nos últimos anos, um dos quais no final de novembro e que resultou em dois mortos, leva os habitantes a olhar para este tipo de incidentes com normalidade.

"Já começa a ser normal, já estamos à espera. Pode acontecer em qualquer lado, não é apenas no centro", admitiu a Sandra Gomes à Lusa.

A brasileira Ana Carolina Oliveira disse à Lusa que reside muito perto e que esteve no local pouco depois.

"Como tínhamos saído para ir no mercado, quando voltámos vimos a movimentação da polícia, o cara no chão ensanguentado e as vítimas já sendo socorridas", contou.

A lisboeta Teresa Cruz vive perto e tem a cuja rua foi cortada ao trânsito pela polícia devido à proximidade com o local do ataque.

"Não vi nada, mas ouvi muitas sirenes e helicópteros. Era para ter ido ao café, mas por causa disto fiquei em casa", contou à Lusa.

Pedro Xavier, que vive numa rua secundária a cerca de 500 metros, também tinha planeado almoçar fora com a família em Streatham High Road, mas acabou por acaso mudou de planos e ficou em casa.

"Esta não é uma zona normalmente insegura porque tem muitas lojas, supermercados e bares e um cinema com filmes para todas as idades e que é frequentado por famílias", comentou.

No local foi imposto um perímetro de segurança para a polícia enquanto decorre as investigações.

As autoridades deram conta do incidente pouco depois das 15:00 horas, o qual declararam imediatamente estar relacionado com terrorismo.

Testemunhas contaram aos meios de comunicação social britânicos terem visto um homem com uma grande faca e latas coladas ao peito a ser perseguido por polícias à paisana na rua, e que o homem foi abatido a tiro.

"Uma pessoa está no hospital numa situação em risco de vida. Estamos no processo de informar a família. Uma segunda vítima foi tratada a ferimentos ligeiros no local antes de ser levada para o hospital. Uma terceira pessoa foi levada para hospital. Não está em risco de vida", atualizou a Polícia Metropolitana de Londres pela rede social Twitter.

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