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Comissão promete “todas as respostas” sobre Barroso

28 de fevereiro de 2017 às 16:05

Porta-voz da Comissão Europeia garante que serão prestados todos os esclarecimentos para o inquérito hoje avançado pela provedora da justiça europeia à ida de Durão Barroso para chairman da Goldman Sachs

A provedora de justiça da Comissão Europeia (CE) pediu mais esclarecimentos sobre o processo de saída de Durão Barroso e porta-voz já confirmou. "Todas as respostas serão dadas", disse hoje Margaritis Schinas.

Depois de ter sido apresentada uma queixa contra a passagem de Durão Barroso da presidência da Comissão Europeia para Chairman da Goldman Sachs, hoje a agência Lusa divulgou a carta em que Emily O’Reilly, provedora de justiça da CE, exige acesso a toda a documentação utilizada pelo comité de Ética para formular o parecer em que defendeu, em Outubro do ano passado, que Barroso não violara qualquer regra, mesmo que tivesse mostrado falta de "sensatez" que o cargo desempenhado exigia.

"O Presidente [da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker] e o Colégio [de Comissários] reagiram a este caso de uma maneira muito pública, muito institucional, propondo uma revisão importante ao Código de Conduta", lembrou Schinas. "Esta é para nós a maneira mais pública, clara e transparente de nos posicionarmos perante a decisão do antigo presidente desta casa de integrar a Goldman Sachs", disse a porta-voz antes de deixar a garantia: "Todas as respostas serão dadas de forma apropriada e no momento adequando."

Na carta hoje divulgada pela agência Lusa, O’Reilly responde aos queixosos que desde Junho exigiam mais informações sobre a mudança de carreira do ex-primeiro-ministro português. "Vou informar os queixosos que a sua queixa é admissível e que decidi inquirir sobre a mesma", lê-se na carta dirigida a Jean Claude Juncker, de 24 de Fevereiro.

Recorde-se que logo após a entrada de Barroso na Goldman Sachs, Juncker sugeriu a revisão do código de conduta aplicável aos líderes europeus de forma a que o período de nojo, que impede a entrada em novas funções no sector privado de dirigentes europeus, fosse alargado dos actuais 18 meses para três anos. Agora, O’Reilly confirmou a abertura do inquérito, questiona o sucessor de Barroso na liderança da Comissão Europeia sobre a ausência de uma tomada de "decisão formal" e até sugere um prazo para a consulta da documentação: a última semana de Março. 

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