Foi com uma curta representação, às 15h, a cargo das Comédias do Minho, que o presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, comemorou, no Palácio de Belém, o Dia Mundial do Teatro, que se assinala anualmente a 27 de março, mostrando que "embora provisoriamente sem público, o teatro continua vivo, nos centros urbanos e fora deles, como acontece no Alto Minho".
"As Comédias do Minho são fruto do investimento e da colaboração dos municípios de Melgaço, Monção, Paredes de Coura, Valença e Vila Nova de Cerveira. Depois de garantidas as ditas necessidades básicas, era preciso dotar o Vale do Minho de um projeto cultural próprio, adaptado à realidade socioeconómica e com um enfoque especial no envolvimento das populações.
Há 17 anos que a Companhia de Teatro leva as suas criações às vilas e aldeias do território. Hoje, há um Projeto Pedagógico que trabalha as artes performativas com toda a comunidade educativa da região. As associações locais e grupos de teatro de amadores são abrangidos pelo Projeto Comunitário", explica a diretora artística da companhia, Magda Henriques.
A convite da Presidência da República, no Dia Mundial do Teatro, os atores residentes das Comédias do Minho, Luís Filipe Silva e Joana Magalhães, durante meses circunscritos ao mundo digital puderam representar "em carne e osso" no Jardim de Cascata, no Palácio de Belém, sob o olhar atento de Marcelo.
A proposta que apresentaram partiu do podcast ficcionalA Tua Mesa Odeia-te, criado por Tânia Almeida durante o atual confinamento. Trata-se de "uma nova forma de teatro radiofónico, com entrevistas a objetos inanimados que fazem parte da história das Comédias do Minho".
Com esta iniciativa, o Presidente deixa expresso que "Portugal não é Lisboa e que há muita coisa a fazer para levar mais longe a descentralização, que está nas leis, mas que tem de passar para a vida das pessoas".