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Roberta Flack morreu aos 88 anos, rodeada pela família depois de várias complicações de saúde. A artista norte-americana sofreu um acidente vascular cerebral em 2016, contraiu Covid em 2022 e, nesse mesmo ano, anunciou o fim da carreira por sofrer de esclerose lateral amiotrófica. Ao longo do seu percurso musical, atingiu por três vezes o topo da Billboard e venceu por duas vezes consecutiva o Grammy de Disco do Ano (The First Time Ever I Saw Your Face e Killing Me Softly with His Song).
Tudo começou na Carolina do Norte, onde esta filha de pianistas nasceu e passou a infância. A presença de um velho piano em casa, levou-a a experimentar o instrumento e seguiram-se "horas incontáveis" de prática, como a própria recordou em entrevista aquando do anúncio do fim da carreira. Seguiu-se o coro da igreja local e uma surpreendente bolsa de estudo, aos 15 anos, para a Universidade Howard, em Washington. A menina-prodígio parecia ter uma brilhante carreira pela frente e viria a alcançá-la, mas não foi assim tão simples. Terminado o curso, acabou por voltar para casa, dada a morte súbita do pai. A falta de rendimentos fixos levou-a a optar por dar aulas de Música e Inglês, mas por pouco tempo. Em 1968, aos 31 anos, foi contratada para cantar num restaurante e, menos de um ano depois, gravou o primeiro disco - First Take, que, em 2020, entrou para a lista dos 500 melhores discos de sempre da Rolling Stone.
Em 1973, Roberta Flack gravou o tema que acabaria por lhe ficar colado à pele: Killing Me Softly with His Song. O tema era um original de Lori Lieberman, mas foi com Flack que atingiu o número 1 da lista da Billboard desse ano. Depois de Flack, foram muitos os nomes que apresentaram as suas versões do mesmo tema, como Tori Amos, Toni Braxton ou Alicia Keys, mas só os The Fugees, em 1996, deixaram marca na memória coletiva.
Roberta Flack foi uma das maiores vozes do R&B, da Soul e do Jazz, os territórios por onde navegou. O seu último trabalho é de 2012, uma homenagem aos The Beatles - Let it Be Roberta.
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