O júri do Prémio Literário Fundação Eça de Queiroz 2017 decidiu não atribuir o galardão, no valor pecuniário de 5.000 euros, evocando falta de qualidade das obras a concurso, foi hoje divulgado.
Ao prémio concorreram cerca de 170 originais, dos quais se apuraram nove finalistas e o "júri em conformidade com o artigo 8.4 do regulamento, decidiu unanimemente não atribuir este ano o galardão literário", lê-se no comunicado enviado à agência Lusa.
No artigo 8.4 do regulamento lê-se: "Se as obras concorrentes não apresentarem a qualidade exigida, o Júri poderá deliberar não atribuir o prémio".
O júri foi presidido por Guilherme de Oliveira Martins, administrador da Fundação Gulbenkian, e constituído ainda pelos escritores Bruno Vieira Amaral e Dulce Maria Cardoso, a crítica literária Luísa Mellid-Franco, e Manuel Pereira Cardoso, do conselho cultural da Fundação Eça de Queiroz (FEQ).
O Prémio Literário Fundação Eça de Queiroz foi instituído pela FEQ e pela Câmara Municipal de Baião, tendo em vista homenagear o autor d'"Os Maias", assim como promover e incentivar a produção de obras literárias em língua portuguesa.
O concurso esteve aberto de 9 de Setembro de 2016 e a 1 de Fevereiro passado.
O galardão, conforme o previsto, devia alternar a categoria Romance com a de Ensaio, e em 2016 a vencedora na área de Ensaio foi Filomena Antunes Sobral, pela obra "As actualizações dos romances de Eça de Queiroz para o pequeno ecrã".
Todavia, por decisão do conselho de administração da FEQ, o prémio passará a realizar-se de dois em dois anos e contemplará exclusivamente a categoria de romance. A próxima edição será em 2019 e terá um valor de 10.000 euros.