Retrato de Timor como narco-estado em série indigna Ramos Horta
O ministro de Estado vai apresentar um protesto formal pelo episódio de estreia da quarta temporada de Madam Secretary.
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O ministro de Timor e um dos seus líderes históricos José Ramos-Horta está indignado com um retrato de Timor feito na série norte-americana Madam Secretary e anunciou que vai apresentar um protesto formal. "Vou ver com amigos dos Estados Unidos e gente de Hollywood para protestar contra isto. É uma difamação contra um país, que só mostra ignorância e racismo", disse em declarações à Lusa, mostrando o seu desagrado com o episódio de arranque da quarta-temporada.
Este episódio da série da CBS mistura factos reais - como a actual disputa sobre fronteiras marítimas com a Austrália - com erros (colocam essa disputa no Mar do Sul da China) e com um retrato "abusivo" do país, considera o ministro de Estado. "Isto só revela a cambada de ignorantes que prevalecem nos Estados Unidos quando Timor-Leste está bem longe da China, não tem sequer fronteira de qualquer espécie com a China", reforçou.
The most powerful woman in America is back. ?? Watch the season premiere of #MadamSecretary Sunday at 10/9c. pic.twitter.com/89TAlTYcA8
Segundo a Lusa, o episódio arranca com a chegada da personagem principal, Elisabeth MCourt (interpretada pela actriz Tea Leoni) às Nações Unidas, onde é interpelada pelo vice-ministro dos Negócios Estrangeiros timorense, Rogerio Bento (interpretado por Raúl Aranas) com quem a delegação norte-americana promete um contacto posterior Um assessor explica que a interpelação "deve ter a ver com a disputa de fronteiras marítimas entre Timor-Leste e a Austrália no Mar do Sul da China".
No episódio, Timor-Leste é caracterizado como um país controlado por um cartel mexicano de droga que usa o território como um centro de distribuição. Os EUA acabam por recorrer à China para agir, ajudando a deter o líder do cartel de droga para evitar que "Timor-Leste se torne um narco Estado".