"O Crepúsculo dos Deuses" conta-nos a história de Norma Desmond, antiga estrela do Cinema mudo que vive fechada numa mansão insípida e gigante, convencida de que mais cedo ou mais tarde o realizador Cecil B.
É um dos melhores filmes sobre os bastidores de Hollywood, esse mundo de espelhos e contradições onde a vaidade, a obsessão e a loucura coabitam com a genialidade e a magia: Sunset Boulevard (1950), que em português tem o título revelador de O Crepúsculo dos Deuses, é muito mais do que uma obra-prima do noir, é um hino à sétima arte. Ele conta-nos a história de Norma Desmond, antiga estrela do Cinema mudo que vive fechada numa mansão insípida e gigante, convencida de que mais cedo ou mais tarde o realizador Cecil B. DeMille a voltará a chamar para trabalharem juntos [nota: DeMille não é apenas personagem fictício, foi um dos 36 fundadores da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas]. Essa crença delirante é alimentada pelo súbito aparecimento de Joe Gillis (William Holden), um argumentista fracassado — que tem tanto de gigolo oportunista como de fã embevecido —, que promete ressuscitar a sua carreira.