O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, condecorou hoje o fadista Carlos do Carmo com o título de Grande-Oficial da Ordem do Mérito, sublinhando os méritos de um artista que "enche a alma dos portugueses".
Numa curta cerimónia tida esta tarde no Palácio de Belém, o chefe de Estado teceu rasgados elogios a Carlos do Carmo como cidadão e artista, e enalteceu o modo como leva Portugal lá fora.
O fadista, falando posteriormente aos jornalistas, reconheceu estar "muito feliz" com a distinção, mas asseverou que o título não o "envaidece", antes o responsabiliza.
Carlos do Carmo teceu também elogios ao "consulado" de Marcelo Rebelo de Sousa em Belém, nomeadamente ao "reforçar da auto-estima dos portugueses" por si potenciada.
"Se há realidade que nos surpreende cada dia em Carlos do Carmo é a sua juventude eterna, a sua capacidade de reinvenção, de em cada década que passa parecer mais jovem e encontrar novas formas para cá dentro e lá fora servir o país", advogou, por sua vez, o Presidente da República.
Embaixador "qualificadíssimo" da promoção do fado lá fora, Carlos do Carmo merece elogios, nas palavras de Marcelo, pelo seu mérito "civil, cívico e comunitário".
Com 76 anos de idade e mais de 50 de carreira, Carlos do Carmo é um dos mais reconhecidos, premiados e aclamados fadistas de sempre.
"Eu anteontem [quinta-feira] não sabia que ia ser condecorado. Palavra de honra", disse depois Carlos do Carmo, asseverando que um dos prémios que gostaria de conquistar no futuro mais próximo era o de ter "um bisneto ou uma bisneta".
"Sou candidato", disse, acrescentando ter já netos com "24, 25 anos".
Antes da distinção de hoje, o cantor havia já sido distinguido, em 1997, pelo então Presidente Jorge Sampaio, com a comenda da Ordem do Infante Dom Henrique.