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Crítica de Cinema: Divino Amor

O furor envangélico é "verosímil na curva descendente do país de Bolsonaro", escreve o crítico

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Crítica de Cinema: Divino Amor
Pedro Marta Santos 08 de novembro de 2019 às 07:00

Ao som de música eletrónica, a voz-off infantil de abertura anuncia: "2027. A festa mais importante do Brasil não era o Carnaval. Era a Festa do Amor Supremo." É o mundo lusófono e tropical da distopia segundo Gabriel Mascaro. Joana, notária, está obcecada por engravidar do marido, numa sociedade de cultos fundamentalistas cristãos - mais do queverosímeis na curva descendente do país de Bolsonaro- cujo fervor evangélico promove a terapia sexual mas reserva ad nauseam a procriação ao matrimónio. Azuis intensos e rosa-choque compõem a figuração de um painel da hipocrisia conservadora, invertendo-se a premissa de A História da Aiade Margaret Atwood sem a coerência civilizacional desta e a fisicalidade semidocumental do excelente Boi Neon (2015, que a distribuidora reporá).

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