Cavaco Silva, Presidente da República: "Foi com profundo pesar que tomei conhecimento da morte de Manoel de Oliveira, símbolo maior do cinema português no mundo e um dos nomes mais significativos na história da 7.ª Arte. Portugal perdeu um dos maiores vultos da sua cultura contemporânea que muito contribuiu para a projecção internacional do País."
Assunção Esteves, presidente da Assembleia da República: "Manoel de Oliveira deixa-nos o sublime da sua arte, uma arte que a todos nos libertava na sua infinita perfeição. Como se o cinema que criou, por todos reconhecido, fosse a memória da nossa própria transcendência e o exemplo para a projectarmos nas coisas que fazemos."
Pedro Passos Coelho, primeiro-ministro de Portugal, em comunicado: "O primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, em seu nome pessoal e em nome do Governo de Portugal, expressa público pesar pelo falecimento de Manoel de Oliveira. A Cultura portuguesa perdeu hoje uma das suas figuras maiores."
Jorge Barreto Xavier, secretário de Estado da Cultura: "Portugal perde um dos referenciais do século XX e um dos homens que, de forma continuada, durante quase nove décadas, dedicou apaixonadamente a sua vida à arte do cinema, criando obras que são hoje património cultural português."
Luís Montenegro, PSD: "Trata-se de uma grande perda para Portugal, de uma figura ímpar da cultura portuguesa e da cultura mundial, com um percurso reconhecido quer no plano nacional quer no plano internacional, que deixa a cultura portuguesa mais pobre. Estamos convencidos que ele hoje partiu, mas a sua obra permanecerá imortalizada para todo o sempre e será eterna no coração e no pulsar da vida dos portugueses."
António Costa, PS: "Manoel de Oliveira, para além de um absoluto mestre da sétima arte, é um nome que granjeou o carinho dos portugueses ao longo de uma carreira notável que fez dele uma referência de Portugal à escala internacional. Oliveira teve direito a um reconhecimento global, quer pelos seus pares, quer por todos os amantes do cinema."
Inês de Medeiros, PS: "Manoel de Oliveira levou o nome de Portugal para todo o mundo, teve um reconhecimento internacional que muitas vezes tardou a ser concretizado em Portugal. Portugal deve-lhe muito. Os artistas portugueses devem-lhe muito."
Teresa Caeiro, CDS-PP: "Julgo que de alguma forma todos nos convencemos que Manoel de Oliveira era imortal, e apesar da sua idade, esta notícia não deixa de nos chegar como uma tristíssima surpresa. Mas Manoel de Oliveira é imortal, a sua obra vai perdurar para sempre."
Catarina Martins, BE: "Bem sei que Manoel de Oliveira já tinha 106 anos, mas confesso que acreditava que este dia nunca chegava e acho que há mais pessoas que pensam isso, habituámo-nos a ver Manoel de Oliveira como estando sempre aqui, sempre a filmar, é com certeza alguém que mais do que moldar o cinema nacional é um grande cineasta europeu, que faz toda a diferença sobre o que é hoje o cinema e a cultura na Europa."
Margarida Gil, presidente da Associação Portuguesa de Realizadores: "Destaco a sua importância no século XX e XXI. Uma pessoa que carregou toda a memória do seculo XIX e XX e que reflectiu sempre, através do seu cinema, sobre a humanidade e Portugal dentro da história da humanidade. É para mim talvez a grande figura do pensamento português. Pouca a gente reflectiu tanto sobre a condição humana como Manoel de Oliveira."
Maria João Seixas, ex-directora da Cinemateca Portuguesa: "Esta perda magoa-nos e entristece-nos a todos, mas os grandes criadores não desaparecem. Ficam para sempre. Era um grande senhor do cinema e da cultura, e fica um grande vazio que nos compromete a todos."
Pedro Borges, produtor: "Manoel despareceu o mais tarde que lhe foi possível. Para os que cá ficam e para os que virão depois, o que é importante é a obra que ele deixa, as dezenas de filmes que fez. São todos grandes filmes e vão durar décadas, séculos, e vão fazer parte de um património cultural português e mundial que não tem comparação com muitas outras coisas feitas no século XX."
Mário Dorminsky, fundador do Fantasporto: "Creio que o Manoel de Oliveira nos deu muito (...) Ao longo de 60 anos deu a imagem de Portugal de um país de cultura, mas que na verdade é um país inculto."
Fernando Gomes, presidente da Federação Portuguesa de Futebol: "Ninguém soube interpretar tão bem a ideia de 'Portugalidade' e de um certo sentir e ser português. O cinema e as culturas portuguesa e mundial estão hoje muito mais pobres."
Pio Alves, presidente da Comissão Episcopal da Cultura, Bens Culturais e Comunicações Sociais: "Damos graças a Deus por esta longa vida de serviço à cultura, que sempre teve em conta valores fundamentais, valores humanos e valores cristãos. Nestes momentos costuma dizer-se que o país e a cultura perdem um grande homem, mas [neste caso] um grande homem que deixa atrás de si um rasto notável de serviço à humanidade."