Natural de Barcelos e músico de profissão, João Dias, de 31 anos, foi "o último a rir" e ficou em primeiro lugar na terceira edição do concurso de stand-up comedy da SÁBADO. Em segundo e terceiro lugar ficaram os participantes Nuno Duarte e Daniela Barbosa.
A Gala Final aconteceu no Teatro Villaret, em Lisboa, e contou também com a presença dos mentores Sofia Bernardo, Miguel Sete Estacas e Marco Horário, sendo que este último tinha escolhido João Dias para fazer parte da sua equipa de "protegidos". Os aspirantes a humoristas Nilson Marques, Airton Ferreira e Pedro Rodas Silva também fizeram parte do leque de finalistas. Pode rever a grande final na íntegra no site da SÁBADO.
Estava à espera de ganhar o concurso?
Sabia que entre os seis [finalistas] era muito renhido, não estava à espera de ganhar. Na comédia, isto é como uma ida a penáltis no futebol, podia cair para qualquer lado. Desta vez, tive a sorte de cair para o meu lado.
Porque é que se decidiu inscrever?
Às vezes temos alguma dificuldade em vender bilhetes, ou em "vender" o nosso nome em Lisboa, por isso, é importante para nós termos estas atividades mais a sul.
Como foi a preparação?
A mentoria com o Marco [Horácio] correu bem, ajudou-me a escolher o que era mais interessante e obrigou-me a pensar melhor. No estilo de comédia que faço, que é o storytelling, o facto de só termos seis ou sete minutos para atuar é castrador por termos de condensar o texto. Dias antes da final, mudei a piada que tinha pensado para o final da atuação. Procurei outra saída e percebi que era mais hilariante.
Há quanto tempo se dedica ao stand-up comedy?
Sou músico e professor de guitarra em Braga, mas acho que sempre tentei ser o "engraçadinho" do grupo. Comecei a fazer stand-up este ano, depois de fazer um curso no Porto. Esse foi o mote para começar a atuar em bares e tenho que agradecer a muitos dos meus colegas humoristas que têm o cuidado de abrir casas e bares para testarmos os nossos textos.
Sente que o stand-up está a crescer?
Acho que está a crescer, estão a aparecer cada vez mais pessoas. Já tinha tido a sorte de me encontrar com muitos dos meus colegas nas noites de comédia. Sinto que no Norte se está a criar uma comunidade de bons humoristas.