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Crítica de Cinema: Vida Activa: O Espírito de Hannah Arendt

Hannah Arendt em retrospectiva num filme sem banalidades

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Edição de 5 a 11 de agosto
Crítica de Cinema: Vida Activa: O Espírito de Hannah Arendt
Pedro Marta Santos 21 de janeiro de 2017 às 15:00

Evitando grandes armadilhas hagiográficas (é co-produzido com o Canadá, a partir de fundos privados e estatais israelitas), este óptimo documentário evita as suas limitações de trabalho em torno de talking heads e imagens de arquivo graças a uma profundidade de abordagem que disseca as diferenças entre a aparente "frieza" filosófica e conceptual de Arendt e o discurso mitológico e nacionalista judaico, agarrando o essencial logo nos primeiros cinco minutos: nas cartas trocadas entre a exilada Arendt e o seu antigo professor Karl Jaspers, sobrevivente do Holocausto, fica clara a contribuição deste para a génese da famosa "banalidade do Mal", enquanto ambos concluem que a diferença do nazismo face a todos os genocídios anteriores foi a estratégia industrial de erradicar, não um grupo de seres humanos, mas a própria essência de ser humano.

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