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Crítica de cinema: Vedações

Denzel Washington, atrás e à frente das câmaras, faz justiça às palavras de Wilson, afastando-se do tom xaroposo e edificante das realizações anteriores. Mas há um excesso de teatralidade, na organização de tempo e espaço, que impede Vedações de romper as amarras do palco

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Edição de 16 a 22 de dezembro
Crítica de cinema: Vedações
Pedro Marta Santos 24 de fevereiro de 2017 às 17:00

August Wilson é um nome quase desconhecido em Portugal, mas a sua importância como dramaturgo, no olhar sobre a comunidade negra proletária norte-americana dos anos 1910 a 80, é capital no teatro dos EUA do último quartel do século XX. Há um talento natural para a oralidade negrablue collar, e um domínio da estrutura digno de Edward Albee, mas a visão é sobretudo naturalista, com um realismo social impregnado de alguns elementos míticos (Wilson era fã de Borges).

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