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Crítica de cinema: Micróbio e Gasolina

Micróbio e Gasolina parece tão orgânico, sensível e empático, assume um lado quase nostálgico por um mundo que já não existe

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Edição de 5 a 11 de agosto
Tiago Santos 25 de junho de 2017 às 18:30

Poucos realizadores gostam tanto de brincar como Michel Gondry. O realizador francês, co-responsável com Charlie Kaufman por uma das obras-primas do início deste século (O Despertar da Mente), nunca escondeu o lado artesanal de quem prefere os trabalhos manuais aos efeitos digitais. Talvez por issoMicróbioeGasolinapareça tão orgânico, sensível e empático, ao mesmo tempo que, através da sua rejeição da tecnologia, assume um lado quase nostálgico por um mundo que já não existe: Daniel, o jovem protagonista que é confundido com frequência com uma rapariga, desenha mulheres nuas para depois se masturbar a olhar para elas, como se opornhubnão existisse; quando, em conjunto com Théo, decidem fugir de casa dos pais que parecem habitar noutro planeta, não vão à boleia nem apanham o comboio - constroem um carro camuflado de casa que passa despercebido sempre que se cruzam com a polícia.

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