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Crítica de cinema: Como Cães Selvagens

Como Cães Selvagens, mesmo sendo uma obra menor, tem pelo menos o mérito de permitir ao realizador Paul Schrader algum controlo criativo

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Edição de 5 a 11 de agosto
Tiago Santos 27 de agosto de 2017 às 15:00

Tem sido um estranho percurso para Paul Schrader. De argumentista de eleição (autor das suas duas obras-primas de Martin Scorsese:Taxi DrivereTouro Enraivecido) a realizador renegado em constante confronto com os seus produtores - foi despedido deDominion:A Prequela de o Exorcista(2005) e afastado da montagem final deVingança ao Anoitecer(2014).Como Cães Selvagens, mesmo sendo uma obra menor, tem pelo menos o mérito de lhe permitir algum controlo criativo. Adaptação do romance de Edward Bunker, um criminoso que se tornou escritor e que até fez uma perninha no Cães Danados, o filme apresenta as suas intenções logo na sequência inicial: Mad Dog (Dafoe) assassina mãe e filha num apartamento que parece transpirar cor-de-rosa. Mais tarde, junta-se a Troy (Cage) e Diesel como uma quadrilha de criminosos violentos e incompetentes. Há uma tentativa de enredo e o rapto de um bebé mas Schrader parece mais interessado na hiperestilização, usando desde preto e branco a montagens alucinadas e bizarras ao estilo de Assassinos Natos. Cage e Dafoe competem para o título de interpretação mais espalhafatosa (Dafoe ganha). Como Cães Selvagens significa pouco mas vê-se bem. v

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