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Novo museu de arte contemporânea MAC-CCB abre por fases em 2023

O MAC-CCB irá abrir de forma faseada em longo de 2023, e caberá à fundação CCB a gestão de todo o processo.

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Edição de 5 a 11 de agosto
Lusa 02 de janeiro de 2023 às 16:15
José Sena Goulão/Lusa

O Centro Cultural de Belém, em Lisboa, vai inaugurar o novo museu de arte contemporânea, o MAC-CCB, de forma faseada ao longo de 2023, no espaço até aqui ocupado pelo Museu Coleção Berardo, anunciou hoje o ministro da Cultura.

No final de uma reunião com o conselho de administração do CCB, Pedro Adão e Silva explicou que o MAC-CCB irá abrir de forma faseada em longo de 2023, e que caberá à fundação CCB a gestão de todo o processo.

Numa declaração aos jornalistas, o ministro da Cultura explicou ainda que o orçamento da fundação CCB contará este ano com mais 2,1 milhões de euros, que transitam da Fundação de Arte Moderna e Contemporânea – Coleção Berardo, extinta em dezembro.

Pedro Adão e Silva não descartou, porém, um reforço de orçamento para lá desses 2,1 milhões de euros adicionais, agora que a fundação CCB voltará a ter a gestão do centro de exposições que, ao longo dos últimos 15 anos, acolheu o Museu Coleção Berardo.

No exterior do CCB foram retirados hoje os painéis indicativos do que era o Museu Coleção Berardo e serão colocados os que designam agora a existência do MAC-CCB.

Para os visitantes, praticamente não há, para já, qualquer alteração na entrada no Centro de Exposições do CCB.

A partir de terça-feira, dia 3, será possível visitar a coleção de arte contemporânea constituída pelo empresário madeirense José Berardo.

Pedro Adão e Silva referiu que será "preciso fazer um conjunto e alterações ao longo de 2023, desde pequenas intervenções a obras" para preparar a abertura oficial do MAC-CBB.

Pintura de Paula Rego "O Impostor" é primeira compra do Estado para novo museu no CCB

A pintura "O Impostor" (1964), da artista Paula Rego (1935-2022), que retrata Salazar de forma satírica, é a primeira obra adquirida pelo Estado para integrar o novo museu que ficará sob gestão do Centro Cultural de Belém, em Lisboa.

"Há dois motivos que justificam esta aquisição: o ano da morte de Paula Rego e a altura em que teremos um novo museu no espaço onde até agora esteve o Museu Berardo", a partir de terça-feira, revelou o ministro da Cultura, Pedro Adão e Silva, em declarações à agência Lusa.

A pintura a óleo e técnica mista sobre tela foi adquirida pelo Estado por 400 mil euros à família da artista, escolhida por constituir uma referência marcante da trajetória de uma das mais destacadas artistas portuguesas a nível internacional, que morreu em junho, aos 87 anos.

"Seria impensável ter um novo museu de arte contemporânea [instalado no Centro Cultural de Belém] que não tivesse uma peça significativa da Paula Rego pertencente ao Estado Português", sublinhou o ministro da Cultura.

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