Nasceu no Porto e formou-se em cinema na Escócia, onde reside atualmente. No sábado, 28 de setembro, foi premiada com a Concha de Prata de melhor realização no Festival de San Sebastian, em Espanha, pela longa-metragem "On Falling".
Laura Carreira, premiada este fim de semana em San Sebastian, nasceu no Porto mas vive na Escócia, mas precisamente em Edimburgo, a mesma cidade onde se formou em Cinema. Antes disso, já tinha concluído o curso de comunicação audiovisual na Escola Artística António Arroio, em Lisboa.
Nascida em 1994, a cineasta portuguesa fez história a 28 de setembro, após vencer o prémio Concha de Prata para melhor realização na 72ª edição do Festival de cinema de San Sebastian, em Espanha, pela longa-metragem On Falling (2024).
No entanto, a sua estreia no mundo do cinema remete a 2018, ano em que realizou a primeira curta-metragem. Red Hill (2018) acabou por vencer o prémio New Visions no 73º Festival Internacional de Cinema de Edimburgo, tendo sido também nomeada para o galardão de melhor curta-metragem nos BAFTA Scotland Awards, em 2019.
Dois anos depois, a segunda curta-metragem da realizadora, The Shift (2020), estreou no Festival Internacional de Cinema de Veneza e também foi nomeada para vários prémios, de acordo com o site da realizadora.
Laura Carreira é conhecida por abordar temas relacionados com a precariedade e o trabalho, e a longa-metragem On Falling não fugiu à regra. Produzida pela Sixteen Films e pela BRO Cinema, dá a conhecer a história de Aurora (Joana Santos), uma mulher portuguesa que emigrou para a Escócia para trabalhar num armazém e que se vê confrontada com dificuldades financeiras e emocionais.
O filme estreou a nível mundial, este mês, no Festival Internacional de Cinema de Toronto, no Canadá, e assinala a estreia da cineasta nas longas-metragens. A Concha de Prata de melhor realização foi entregue ex aequo a Laura Carreira e ao espanhol Pedro Martín-Calero pela realização do filme El llanto (2024).
De acordo com a agência Lusa, a Concha de Ouro de melhor filme foi entregue ao realizador catalão Albert Serra, pelo documentário Tardes de soledad, que se foca na tauromaquia e foi coproduzido pela produtora portuguesa Rosa Filmes. Este é o prémio mais importante do festival de cinema espanhol, que se realiza anualmente.