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Morreu cineasta Patrícia Saramago, que esteve na montagem de "No Quarto de Vanda"

Ao longo de quase duas décadas trabalhou com cineastas como Alberto Seixas Santos, Sérgio Tréfaut, Miguel Gonçalves Mendes e João Onofre.

Lusa 23 de outubro de 2025 às 21:21
Ricardo Meireles
A montadora de cinema Patrícia Saramago, que esteve na edição de filmes como "No Quarto de Vanda", de Pedro Costa, morreu, anunciou a Academia Portuguesa de Cinema, sem indicar data nem local. Para a academia, trata-se de "um desaparecimento, inesperado e prematuro", que representa "uma perda profunda para o cinema português", segundo a mensagem publicada na página oficial da rede social Facebook. Patrícia Saramago nasceu em Lisboa, em 29 de outubro de 1975, e formou-se pela Escola Superior de Teatro e Cinema, entre 1993 e 1996, segundo a sua biografia disponível no 'site' dos Encontros de Cinema da Associação Luzlinar e na International Movie Data Base (IMdB). O seu trabalho foi essencialmente o de montadora, em que se especializou, mas no cinema foi também assistente de realização e anotadora, em diferentes produções, e atriz pontual em "A Portuguesa", de Rita Azevedo Gomes, e "Tentação", de Joaquim Leitão. Ao longo de quase duas décadas trabalhou com cineastas como Alberto Seixas Santos, Sérgio Tréfaut, Miguel Gonçalves Mendes e João Onofre. Entre os muitos projetos que marcaram a sua carreira, a academia destaca "No Quarto de Vanda" (2000) e "Ne Change Rien" (2009), de Pedro Costa, "Frágil Como o Mundo" (2001) e "A Portuguesa" (2018), de Rita Azevedo Gomes, "Com Que Voz (2009), de Nicholas Oulman, "Estive em Lisboa e Lembreime de Você" (2015), de José Barahona, "Vadio - I Am Not a Poet", de Stefan Lechner, e "Kutchinga" (2021), de Sol de Carvalho. As 'curtas' "Les Habitants", de Maureen Fazendeiro, e "Nabia", de Sabrina D. Marques, ambas de 2025, apresentam-se como os seus últimos trabalhos. Patrícia Saramago fez parte da equipa de "Deserto Particular", do realizador brasileiro Aly Muritiba, candidato do Brasil a uma nomeação para o Óscar de Melhor Filme Internacional, em 2022. "Com obras tão variadas e com uma presença discreta, mas vital, por detrás das câmaras, Patrícia Saramago ajudou a dar forma, ritmo e voz a histórias que nos tocam. O seu percurso dedicado à arte da montagem deixa memória e inspiração", conclui a Academia.
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