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Empresário deixa de aparecer e 25 funcionários ficam sem trabalho

06 de fevereiro de 2018 às 18:57

O proprietário de uma firma de construção Santa Maria da Feira"desapareceu da empresa" em Janeiro, deixando o respectivo pessoal sem salário nem justificações.

O porta-voz de 25 funcionários de uma firma de construção civil de Santa Maria da Feira revelou hoje que o proprietário "desapareceu da empresa" a 8 de Janeiro, deixando o respectivo pessoal sem salário nem justificações.

Segundo Adérito Ferreira, que vinha assumindo funções de director na Agostinho Nogueira - Construção Civil e que se diz na mesma situação dos restantes trabalhadores, em causa está uma empresa uni-pessoal da freguesia de Mozelos com mais de 40 anos de actividade regular.

"Estávamos a meio de um Plano Especial de Revitalização, mas no dia 8 de Janeiro o patrão deixou de aparecer na empresa e nunca mais o vimos entretanto", contou esse funcionário à Lusa.

E acrescentou: "depois de muitos contactos, soubemos que no dia 18 ele apresentou um pedido de insolvência no Tribunal de Oliveira de Azeméis, mas, como a nós não nos deu justificações nenhumas nem papéis para o desemprego, continuamos na empresa sem nada para fazer e sem poder sair daqui, para não perdermos os nossos direitos".

Referindo que "já para pagamento do salário de Dezembro houve dificuldades", só superadas devido à "intervenção de um cliente da empresa" que se revelou compreensivo para com a situação dos trabalhadores, Adérito Ferreira afirma que nesta fase "só está em falta o ordenado de Janeiro", mas insiste que a empresa "não tinha falta de trabalho".

Os funcionários evitam entrar em pormenores, mas atribuem os problemas financeiros da firma a alegadas "questões pessoais" do proprietário, que estarão a prejudicar até os seus "outros negócios", nomeadamente no sector dos equipamentos de refrigeração e da panificação.

Adérito Ferreira espera, por isso, que as entidades competentes possam agilizar a situação, de forma a que os trabalhadores não tenham que continuar a cumprir horário na empresa "quando estão sem nada para fazer", acabando por "sujeitar-se de tal maneira ao frio, que uns quantos já ficaram doentes".

"Nestas situações a justiça devia ser mais célere", defendeu. "Ficamos aqui o dia inteiro sem fazer nenhum, sem receber salário e sem poder procurar outra coisa, portanto acho que dá para ver o nosso desespero", indicou.

A Lusa tentou, sem sucesso, contactar a empresa.

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