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Portugal assegura presença histórica no Euro feminino

25 de outubro de 2016 às 19:09

Empate na Roménia garantiu o apuramento inédito da selecção nacional feminina para a edição do próximo Campeonato da Europa, na Holanda (em act)

A selecção feminina de Portugal garantiu o apuramento inédito para a edição do Campeonato da Europa, na Holanda, no próximo Verão, depois do empate a 1-1 em Cluj, na Roménia. Andreia Norton foi a autora do golo, já no prolongamento, que permitiu o feito histórico das comandadas de Francisco Neto, de nada valendo às romenas o tento de Laura Rus, aos 111.


A formação das "quinas" passou graças ao desempate por golos fora, após o 0-0 no Restelo, transformando ainda em mais lendário o ano de 2016 para o futebol português, depois do título da selecção masculina, no Europeu de França.

O encontro foi complicado e sofrido até final, mas Portugal criou mais e melhores oportunidades e, também pelo que fez em Lisboa, onde desperdiçou uma grande penalidade, justificou em pleno o histórico apuramento.

Além de Andreia Norton, pelo histórico golo do apuramento, destaque na formação lusa para todo o sector defensivo, em especial as centrais Sílvia Rebelo e Carole Costa, mais a guarda-redes Patrícia Morais e a trinco Dolores Silva. Com o mesmo onze do jogo da primeira mão, a formação portuguesa foi a primeira a ameaçar a baliza contrária, num livre sobre a direita de Cláudia Neto, que Ficzay cortou, colocando a bola nas mãos da guarda-redes Paraluta.

Cláudia Neto voltou a tentar aos nove minutos e, aos 12, Portugal teve a primeira grande oportunidade, numa jogada na direita entre Matilde Fidalgo e Ana Leite, que centrou atrasado para o calcanhar de Carolina Mendes, à figura.

Apesar de mais perigoso, Portugal nunca dominou o encontro, mas raramente passou por grandes dificuldades na primeira parte, com excepção de uma jogada aos 21 minutos, em que Giurgiu centrou para o cabeceamento falhado de Bortan.

Para a segunda parte, Francisco Neto fez entrar Fátima Pinto para o lado esquerdo da defesa, fazendo subir Ana Borges para o lado direito do ataque e retirando Amanda da Costa.

A equipa lusa não denotou melhoras, ao contrário da Roménia, que quase marcou aos 56 minutos: Voicu isolou Lunca, a maior "dor de cabeça" para a defesa lusa, valendo Patrícia Morais, que também deteve a recarga, um chapéu, de Voicu.

As romenas estavam por cima, mas, apesar dos raides de Lunca, tinham dificuldades em criar grande perigo, tal como Portugal, que só voltou a tentar aos 83 minutos, num remate de Andreia Norton, a última aposta de Francisco Neto.

Na parte final, a Roménia pressionou mais, mas Carole Costa fez um corte precioso (86 minutos), Rus cabeceou ao lado (87) e para a defesa fácil de Patrícia Morais (90+1) e um centro/remate de Lunca (90) bateu na barra.

A melhor ocasião foi, no entanto, de Portugal, na penúltima jogada do tempo regulamentar, aos 90+3 minutos: Diana Silva, a segunda jogadora a ser lançada pelo seleccionador luso, furou pela esquerda e serviu Ana Borges, mas, milagrosamente, a 'capitã' Olar salvou as romenas, cedendo canto.

Havristiuc foi a primeira a criar perigo no prolongamento, num cabeceamento após um canto, aos 91 minutos, com Cláudia Neto a responder de livre, aos 102.

Aos 103 minutos, um novo centro/remate de Lunca assustou, caindo novamente em cima da barra, mas, na resposta, já nos descontos da primeira parte, aos 105+1, foi a formação das "quinas" a chegar ao golo.

Cláudia Neto fez um passe para as costas da defesa romena, desmarcando, na direita, Ana Borges, que passou com classe por Ficzay, levantou a cabeça e tocou atrasado para Andreia Norton, cujo remate forte ainda encontrou Oprea, mas só parou no fundo das redes romenas.

Com dois tentos de vantagem, já que o empate a um servia, Portugal entrou a dominar a segunda parte do prolongamento, perante umas romenas a denotar nervosismo, mas, aos 111 minutos, Voicu colocou de cabeça a bola em Rus, que, na área, teve tempo para rodar e empatar o jogo.

A igualdade não afectou, no entanto, a selecção lusa, que até podia ter voltado ao comando do encontro, o que só não aconteceu porque Andreia Norte foi egoísta, aos 113 minutos, e falhou perante Paraluta, com Diana Silva isolada ao seu lado.

A "incansável" Lunca ainda tentou um último remate, aos 118 minutos, mas Patrícia Morais encaixou a bola sem dificuldades e até final a equipa lusa já não passou por sobressaltos, com as jogadores lusas a festejarem, em lágrimas, o apuramento.

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