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Os 100 metros voltaram a ser dos Estados Unidos

06 de agosto de 2017 às 22:51

Tori Bowie repetiu este domingo o triunfo de Justin Gatlin na véspera em Londres

Os Estados Unidos voltaram a conseguir uma 'dobradinha' nos 100 metros em Mundiais de atletismo 12 anos depois, com Tori Bowie a repetir hoje o triunfo de Justin Gatlin na véspera em Londres.

Menos 'chocante' do que o triunfo de Gatlin na despedida do jamaicano Usain Bolt ao hectómetro, mas mais dolorosa, foi a vitória de Tori Bowie, que caiu desamparada após cruzar a meta.

Depois de alguns instantes para perceber se tinha mesmo ganhado a prova, Bowie pôde festejar o seu primeiro ouro individual em grandes competições, subindo um lugar no pódio em relação aos Jogos Olímpicos Rio2016.

Tori Bowie correu a distância em 10,85 segundos, a sua melhor marca do ano, menos um centésimo do que a costa-marfinense Marie-Josée Ta Lou e 11 do que a holandesa Dafne Schippers, que fez uma excelente recuperação nos metros finais.

Sem Shelly-Ann Fraser-Thompson, campeã nos dois últimos Mundiais, a grande esperança jamaicana era Elaine Thompson, mas a campeã olímpica quebrou nitidamente nos últimos metros e acabou em quinta, em 10,98 segundos.

Na maratona masculina, o domínio africano foi o esperado, com três medalhas entregues a atletas nascidos em África, com Geoffrey Kipkorir Kiruiu a dar o quinto título mundial ao Quénia na distância.

Kiruiu concluiu os 42,195 quilómetros em 02:08.27 horas, menos 1.22 minutos do que o etíope Tamirat Tola e 1.24 do que o tanzaniano Alphonce Felix Simbu, numa prova em que o português Ricardo Ribas abandonou aos 18 quilómetros, devido a dores musculares.

Na prova feminina, o ouro foi para o Barhein, por Rose Chelimo, nascida no Quénia, que terminou em 02:27.11 horas, deixando a sete segundos a queniana Edna Kiplagat e a norte-americana Amy Cragg, com a etíope Mare Dibaba, campeã do mundo em 2015 e medalha de bronze no Rio2016, a ser apenas oitava.

Filomena Costa foi 28.ª, com uma marca de 02:36.42 horas, enquanto Catarina Ribeiro, que liderava aos 10 quilómetros, desistiu antes dos 20 quilómetros.

Emocionante foi a final do salto com vara feminino, com a grega Ekaterini Stefanidi e a norte-americana Sandi Morris a reeditarem a final do Rio2016, com o mesmo desfecho dos Jogos Olímpicos.

Stefanidi juntou o ouro olímpico ao mundial, com um salto de 4,91 metros, conseguido quando já tinha o título garantido, depois de ter passado para a frente do concurso a 4,82, mais sete centímetros do que os conseguidos por Morris.

A grega ainda tentou passar os 5,02 metros, que seriam recorde dos campeonatos, mas não conseguiu, festejando o triunfo numa prova em que haverá duas medalhas de bronze para a venezuelana Robeilys Peinado e para a cubana Yarisley Silva, campeã 2015, depois de terem ambas passado 4,65.

O neozelandês Tomas Walsh, bronze no Rio2016, sagrou-se campeão do mundo do lançamento do peso, com um lançamento de 22,03 metros, batendo o anterior detentor do título, o norte-americano Joe Kovacs (21,66).

A medalha de bronze foi para o croata Stipe Zunic, com 21,46 metros, enquanto o campeão olímpico, o norte-americano Ryan Crouser, foi apenas sexto classificado (21,20).

No heptatlo, a belga Nafissatou Thiam confirmou ser a grande dominadora das provas combinadas, ao sagrar-se campeã do mundo, depois de já ter vencido nos Jogos Olímpicos.

Thiam venceu com 6.784 pontos, à frente da alemã Carolin Schafer (6.696) e da holandesa Anouk Vetter (6.636), numa prova em que a portuguesa Lecabela Quaresma terminou na 22.ª posição, com 5.788.

Nas meias-finais dos 200 metros o russo Sergey Shubenkov, campeão do mundo e que corre como independente, e o espanhol Orlando Ortega, prata no Rio2016, tiveram de esperar pelas repescagens para se apurarem para a final.

Nos 400 metros, o recordista mundial, o sul-africano Wayde van Niekerk qualificou-se sem grandes problemas para a final, na qual o norte-americano LaShawn Merritt não poderá tentar o sexto pódio consecutivo, depois de ser apenas sétimo na sua meia-final.

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