Jesus é um mestre. Mas um mestre teimoso, orgulhoso e que dificilmente admite estar errado. Para recuar numa decisão ou aposta própria é necessário chegar a um ponto de rutura tal que essa seja mesmo a única saída. Não podemos esquecer que o treinador português ao longo dos últimos ganhou títulos (não tanto quantos devia), potenciou jogadores (mais do que algum seu antecessor o fez) mas continua a prejudicar o clube que faz dele um dos treinadores mais bem pagos do mundo, por autênticas teimosias sem sentido. Todos sabemos o que fez com Fábio Conterão, David Luiz, Di Maria, Matic, Enzo Pérez ou mais recentemente Pizzi. Mas também não podemos escamotear situações com as de Roberto, Emerson, Cortez ou Talisca. Sei bem o que pensam neste momento: “Não podemos colocar os 4 no mesmo saco”. Têm toda a razão. Se é certo que os dois laterais-esquerdos foram jogadores sem pingo de qualidade para jogar no Benfica e o guardião espanhol foi um caso de gritante falta de confiança não compreendida pelo Mestre, o caso do jovem avançado brasileiro é bem diferente. Tem provavelmente mais qualidade e potencial que os 3 anteriormente referidos, mas o fetiche que Jesus tem com ele em nada beneficia o clube e o próprio jogador. Talisca deu pontos e vitórias importantes o no inicio da época, mas depressa se percebeu que quando a estrelinha goleadora se esfumace, rapidamente a jovem promessa brasileira passaria a ser pouco mais do que um jogador talentoso perdido em campo. O entendimento entre a dupla Lima-Jonas obrigou o mestre a retirar a titularidade a Talisca, mas a saída de Enzo foi um “azar” que veio mesmo a calhar para JJ voltar a apostar no brasileiro. Alguns jogos depois de todos perceberem que um meio campo Samaris-Talisca seria impossível, JJ deu o braço a torcer e lançou Pizzi, este sim uma aposta bem mais segura. Mas calma! Quando todos pensavam que o espaço de Talisca estava limitado o mestre arranjou uma solução. Num dos jogos mais importantes da época, e com Nicolas Gaitan castigado, JJ decide entregar o flanco esquerdo à sua mais recente teimosia. O Benfica joga em Vila do Conde com menos 1. Não, não me refiro a Luisão. Talisca não esteve em campo. Pelo menos eu não o vi. Ola John ( que Jesus insiste em repreender a cada 2 minutos) jogou mais em 15 minutos que o craque brasileiro em 75. E o Benfica perdeu. Por agora apenas um jogo, mas algo me diz que no final da época, talvez o campeonato. "Jorge Talisca Jesus", que Gaitan volte rápido para não caíres novamente em tentação. Amen."
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O regresso de Ventura ao modo agressivo não é um episódio. É pensado e planeado e é o trilho de sobrevivência e eventual crescimento numa travessia que pode ser mais longa do que o antecipado. E que o desejado. Por isso, vai invocar muitos salazares até lá.
O espaço lusófono não se pode resignar a ver uma das suas democracias ser corroída perante a total desatenção da opinião pública e inação da classe política.