Primeiro dia de greve dos Sapadores de Lisboa com adesão até 90%
Apesar de vários quartéis e batalhões terem estado com 100% de adesão, os serviços mínimos, que abrangem todo o socorro, "foram garantidos".
Apesar de vários quartéis e batalhões terem estado com 100% de adesão, os serviços mínimos, que abrangem todo o socorro, "foram garantidos".
Paralisação vai incidir sobre serviços de prevenção e vistorias, limpezas de pavimento, entre outros serviços que não coloquem em causa o socorro.
Fora do acordo ficam o Sindicato Nacional dos Bombeiros Sapadores (SNBS), que diz ser o mais representativo, e o Sindicato Independente dos Trabalhadores da Floresta, Ambiente e Proteção Civil.
Em comunicado, o SNBS considerou que o acordo proposto "é injusto, lesivo e propício a gerar conflitos e divisões internas".
Governo e SNBS estiveram reunidos durante cerca de três horas. Suplemento semelhante ao das forças de segurança é o que mais divide as duas partes.
A reunião está marcada para as 15:30, no edifício sede do Governo, em Lisboa.
A outra grande estrutura sindical do setor, o Sindicato Nacional dos Bombeiros Sapadores (SNBS) anunciou uma greve nacional para 15 de janeiro.
Em causa está a "reivindicação da revisão do estatuto profissional, indexação da tabela salarial dos bombeiros sapadores à remuneração mínima nacional e a correção da atual tabela remuneratória dos bombeiros sapadores em mais 52 euros".
Greve estende-se até 31 de outubro. Em causa está o pedido por melhores condições salariais.
Bombeiros profissionais denunciam um clima de "confronto" e "ingerências operacionais" que prejudicam a prestação do socorro.
ANBP e SNBP pedem abertura de nova recruta devido ao envelhecimento dos profissionais e que guarnições de viaturas não estejam incompletas.
Sapadores consideram que o novo estatuto profissional relançou "a preocupação com a aposentação dos bombeiros", uma vez que a média de idade vai ser "muito elevada".
Cerca de duas centenas de bombeiros profissionais manifestam-se contra a proposta do Governo que quer aumentar a idade da reforma para os 60 anos.
A Associação Nacional dos Bombeiros Profissionais (ANBP) e o Sindicato Nacional dos Bombeiros Profissionais (SNBP) referem que mantêm a manifestação, "mesmo depois de o Conselho de Ministros ter aprovado hoje os dois decretos-lei referentes à carreira e à aposentação dos bombeiros sapadores e dos bombeiros municipais".
Manifestantes exigem um regime de aposentação "justo e digno". Defendem que profissão é de desgaste rápido.
Associação e Sindicato dos Bombeiros Profissionais terminaram negociações com o Governo sobre o estatuto profissional e o novo regime de aposentação.