
Ebrahim Raisi (1960-2024): O carniceiro de Teerão
Procurador temido, defensor da ordem e da religião, ganhou o apelido de Carniceiro de Teerão, foi presidente do Irão durante três anos e morreu no passado domingo num acidente de helicóptero.
Procurador temido, defensor da ordem e da religião, ganhou o apelido de Carniceiro de Teerão, foi presidente do Irão durante três anos e morreu no passado domingo num acidente de helicóptero.
Ultraconservador iraniano intensificou a repressão contra os críticos do regime. A morte de Mahsa Amini levou às maiores manifestações dos últimos anos e na sequência da repressão mais de 500 manifestantes terão sido mortos pelas forças de segurança.
O Ministério disse que alguns dos detidos "tinham motivos hostis de criar medo entre a população e os estudantes, e levar ao encerramento de escolas" para criar ceticismo em relação ao sistema islâmico.
Os casos de envenenamento em várias escolas femininas no Irão aumentaram nas últimas semanas. O governo indicou que foram descobertas "amostras suspeitas".
O Irão vive marcado por protestos generalizados desde o dia 16 de setembro, quando Mahsa Amini, uma jovem curda de 22 anos, foi detida pela polícia da moralidade por usar o véu de uma forma inadequada e acabou por morrer enquanto estava detida.
Mohsen Fakhrizadeh, que liderou o antigo programa secreto do Irão para desenvolver armas nucleares, foi morto na sexta-feira numa emboscada perto de Teerão.
Mohsen Fakhrizadeh foi vítima de uma emboscada no Irão. Quatro pessoas abriram fogo depois de se ter ouvido uma explosão.
Desde junho, a República Islâmica tem verificado um progressivo aumento da mortalidade diária associada ao novo coronavírus.
País registou 51 mortes adicionais nas últimas 24 horas, elevando o total para 6.988.
O ayatollah foi internado no sábado na unidade de cuidados intensivos do hospital Shahid Behesthi, na cidade santa de Qom onde se concentra o maior número de casos de coronavirus no Irão.
O Irão já registou 245 casos de infetados por coronavírus, mas tem sido acusado de ter ocultado informações sobre o vírus.
O Irão acusou os EUA de difundirem "o medo" à volta do coronavírus, um dia depois do secretário de Estado norte-americano ter apelado ao Irão para "dizer a verdade" sobre a epidemia no país.
O vice-ministro frisou que os casos registados pelas autoridades são de 61 pessoas infetadas com o Covid-19, das quais 12 morreram.
No final de domingo, a cidade de Qom registava, segundo os dados tornados oficiais pela administração do país, oito mortos no Irão, e um total de 43 casos confirmados.
Turquia, Paquistão, Afeganistão, Iraque e Kuwait anunciaram o fecho de fronteiras com o Irão ou a proibição de entrada de pessoas provenientes do país, onde o novo coronavírus já provocou oito mortes.
A informação foi avançada pelo Ministério da Saúde iraniano que deu conta que ambos os pacientes estavam em isolamento.