Da boutique espanhola ao ex-patrão da FNAC, foram várias as propostas fora do habitual que foram feitas pelo Novo Banco.
Há três (maus) cenários para a venda do Novo Banco: da venda a “fundos abutre” à nacionalização, passando pela resolução ou mesmo a liquidação, todas envolvem custos, certos ou potenciais, para os contribuintes
Em entrevista ao DN e à TSF, Mário Centeno admite que o processo negocial para a venda do Novo Banco "atinge um ponto importante" hoje. Não há garantia do Estado para suportar negócio privado, promete.
Decisão de aguardar pelo fundo China Minsheng Financial confirma que restantes propostas pelo banco são piores e politicamente difíceis de aceitar. Venda em risco
As duas propostas concorrentes significam valores muito baixos, próximos de zero, e protecção face aos riscos jurídicos da resolução do BES, com impacto potencial para os contribuintes. Minshen leva vantagem sobre fundo “abutre” conhecido na Alemanha como “carrasco do Texas”
O grupo chinês quer aproveitar a base de depósitos do banco português para aumentar a sua actividade na Europa, tirando partido da "base natural de clientes" existente, por exemplo, na Alemanha.
António Ramalho agradeceu aos colaboradores do Novo Banco o envolvimento no processo de venda da instituição, que "permitirá ao banco retomar o lugar a que aspira e merece no sistema financeiro português".
Restam dois dias para entregar propostas pelo Novo Banco. As ofertas vinculativas pelo herdeiro do BES têm de ser entregues até 4 de Novembro. Consoante o que chegar, decide-se se há venda directa ou a vários investidores. O calendário apanha BCP e BPI sob tensão.
O prazo é válido tanto para os investidores estratégicos, como para aqueles que estão interessados na operação em mercado
Ricardo Mourinho Félix quis sublinhar, por duas vezes, que é o Banco de Portugal que tem de tratar da venda do Novo Banco. É ao regulador que caberá decidir se há venda directa ou venda em mercado.
No âmbito da operação de venda do Novo Banco, a China Minsheng já fez chegar a sua proposta ao Fundo de Resolução. A equipa liderada por Sérgio Monteiro pode agora analisar todos os dossiês em cima da mesa.
Entre os conselheiros da instituição, encontram-se nomes como os de Romano Prodi ou Dominique de Villepin
O comentador político revelou, este domingo, "uma reviravolta enorme" no processo de venda do Novo Banco: o BPI está praticamente fora e um grupo chinês está não só dentro, como perto de ficar com o herdeiro do BES.
À margem da venda directa e da venda a mercado, o Haitong Bank procurou mais soluções para o Novo Banco. Uma delas é a do Minsheng Financial, avança o Público. Os envolvidos não fazem comentários.
