
Barcos elétricos comprados para o Tejo são para navegar em lagos
Ligação fluvial entre o Seixal e o Cais de Sodré, Lisboa, continua envolta em polémicas. Autarquia denuncia supressões de horários.
Ligação fluvial entre o Seixal e o Cais de Sodré, Lisboa, continua envolta em polémicas. Autarquia denuncia supressões de horários.
O coordenador da Fectrans defendeu hoje que "há responsabilidades políticas que têm de ser apuradas" na compra de navios sem baterias para a Transtejo/Soflusa.
Em causa estão as críticas do Tribunal de Contas a um processo de compra de navios elétricos sem as respetivas baterias. Administração demissionária entende considerações do TdC "ofensivas e ultrajantes".
Trabalhadores exigem aumentos salariais e também a contratação.
Administração da empresa de transporte fluvial apresentou uma proposta em resposta às reivindicações salariais dos trabalhadores.
O sindicalista da FECTRANS Paulo Lopes explicou que o primeiro dia, na segunda-feira, foi dirigido aos mestres, o segundo dia aos maquinistas, o terceiro dia ao pessoal comercial e administrativo, o quarto dia aos marinheiros e manutenção e no quinto e último dia, hoje, "todos os trabalhadores da Transtejo estão em greve".
As greves parciais de três horas por turno iniciam-se na segunda-feira, dia 08, e prolongam-se até sexta-feira, dia 12. A Transtejo avança que "não é possível garantir o serviço regular de transporte fluvial" durante a realização da greve, sendo que os terminais e estações vão estar encerrados.
De acordo com a Fectrans, os trabalhadores "voltam à luta porque durante quase um ano a administração/Governo ignoraram as reivindicações dos trabalhadores e as soluções que lhes foram apresentadas".
Devido ao plenário de trabalhadores da Transtejo, as ligações fluviais entre Lisboa e os concelhos da margem sul do rio Tejo, estiveram esta quinta-feira interrompidas, das 13h às 18h30, nas ligações fluviais de Cacilhas, Montijo, Seixal e Trafaria.
Na ligação Cacilhas - Cais do Sodré, a interrupção deve acontecer a partir das 14h20 até às 17h35, enquanto no sentido contrário a paralisação prevista é das 14h20 às 17h50.
Plenário convocado por organizações sindicais leva a suspensão dos serviços. Terminais ficam encerrados.
A Transtejo assegura as ligações fluviais entre o Seixal, Montijo, Cacilhas e Trafaria/Porto Brandão, no distrito de Setúbal, e Lisboa, enquanto a Soflusa é responsável por ligar o Barreiro à capital.
A Transtejo/Soflusa disse "não estar em condições para assegurar transporte alternativo" aos passageiros do transporte fluvial.
O Tribunal de Contas deu o visto prévio para o contrato de 52,4 milhões de euros que permite à transportadora fluvial renovar a frota.
João Matos Fernandes garantiu no parlamento que "na Área Metropolitana do Porto há algumas linhas da STCP, que têm de ser reforçadas. O mesmo acontece na Área Metropolitana de Lisboa, particularmente na Linha de Sintra. Muito em breve haverá notícias sobre esse reforço", prometeu.
A Transtejo informou na semana passada que a ligação fluvial entre o Seixal e Lisboa iria ser suspensa a partir de segunda-feira, por 45 dias, devido a obras de melhoramento.