Banco de Portugal considerou não haver conflito de interesses e manteve a idoneidade do membro da equipa de Licínio Pina.
Desde 2016 que a mulher de Licínio Pina auferia 2.000 euros mensalmente para que pudesse dar "estabilidade emocional" ao presidente do Grupo Crédito Agrícola.
O presidente executivo do grupo Crédito Agrícola espera "o mais cedo possível" que o Estado devolva à instituição "cerca de 200 milhões de euros" do Fundo de Garantia do Crédito Agrícola (FGCA).
As eleições a para Caixa Central de Crédito Agrícola Mútuo vão contar com uma lista encabeçada pelo atual líder da instituição, Licínio Pina, de acordo com um documento a que a Lusa teve acesso.
"Temos de continuar com o processo de fusão, porque as pequenas caixas não conseguem cumprir os requisitos", assumiu Licínio Pina.
O presidente do sistema do Crédito Agrícolas afirmou que não havia disponibilidade para cobrir problemas noutro banco. O Governo nunca falou directamente sobre o tema, mas personalidades "ligadas" ao Montepio disseram que era vontade do Executivo, segundo Licínio Pina.
Licínio Pina, presidente do grupo, revelou que o Crédito Agrícola pretende continuar a abrir balcões onde outros encerram. "Estamos em locais onde mais ninguém está. Somos a segunda maior rede bancária do país", sublinhou o gestor.
O actual presidente executivo do grupo financeiro cooperativo vai manter-se no cargo por mais três anos. A tomada de posse deverá decorrer a 29 de Dezembro.
O Crédito Agrícola vai avançar com um processo de reestruturação interna, que implica o fecho por fusão de algumas caixas, disse à Lusa o novo presidente do banco cooperativo.
O presidente do Crédito Agrícola diz que não é por falta de dinheiro que os bancos não financiam a economia, mas pela escassez de empresas saudáveis e bons projectos, já que há hoje uma política de crédito mais restritiva.
