
Três dos sete militares da GNR acusados pelo MP já tinham sido condenados em 2020
O processo anterior, envolvendo sequestro, violação de domicílio e agressões a imigrantes em Odemira, foi julgado em 2020 e levou a penas suspensas.
O processo anterior, envolvendo sequestro, violação de domicílio e agressões a imigrantes em Odemira, foi julgado em 2020 e levou a penas suspensas.
Em sete vídeos analisados é possível detetar cenas de violência, insultos racistas, tortura física e humilhação contra vários imigrantes de origem asiática.
Três dos agentes do Destacamento Territorial de Odemira são reincidentes, depois de terem estado "envolvidos em agressões a indivíduos indostânicos", em 2018. Reportagem revelou novos crimes em 2019.
Sete militares filmaram as torturas a que sujeitaram migrantes em Odemira. Cinco foram demitidos e outros dois suspensos.
Os cinco militares da GNR – André Ribeiro, João Lopes, Ruben Candeias, Luís Delgado e Nelson Lima – estão acusados, em coautoria material, de quatro crimes de ofensa à integridade física qualificada, dois de sequestro e dois de violação de domicílio por funcionário.
No final da fase de instrução, procuradora criticou antigo ministro da Defesa, que vai fazer as suas alegações esta terça-feira, dizendo que Azeredo Lopes deu o "aval" ao acordo de impunidade feito com os autores do furto das armas.
O ex-diretor de investigação criminal da GNR disse em tribunal desconhecer qualquer pacto de silêncio com a PJM que envolvesse a colaboração na investigação do furto das armas.
Na abertura da instrução, antigo ministro da Defesa critica duramente o Ministério Público. Já um militar GNR diz que escutas não foram devidamente controladas pelo juiz e um dos suspeitos do roubo garante que, nessa noite, estava a trabalhar.
Dos três militares, apenas um prestou declarações. Advogado diz que os outros estavam "demasiado cansados".
Os arguidos estiveram no Tribunal de Instrução Criminal em salas separadas, cada uma delas vigiada por um polícia, para evitar contactos entre eles.
Os oito arguidos detidos no âmbito da operação que investiga o aparecimento das armas roubadas em Tancos já foram identificados pelo juiz de instrução criminal João Bartolo.
Despacho de Ministério Público com cerca de 178 páginas.