
Manifestação de profissionais em Lisboa exige maior atenção dos políticos à Cultura
Entre várias exigências, Movimento Outra Política para a Cultura defendeu uma reivindicação de há mais de uma década: 1% do PIB para a cultura.
Entre várias exigências, Movimento Outra Política para a Cultura defendeu uma reivindicação de há mais de uma década: 1% do PIB para a cultura.
"O "valor cultura" e o papel essencial que tem na construção do ser humano e na construção da própria democracia não pode ser simplesmente deixado às regras do mercado", defende o movimento Outra Política para a Cultura, que junta sindicatos e associações ligadas ao setor.
A produtora de um videoclipe de Bárbara Bandeira avisou os selecionados num casting que não seriam pagos. Publicação nas redes sociais gerou polémica e a cantora criticou a falta de remuneração.
A medida foi aprovada e o ministro vai ser ouvido no Parlamento hoje às 9h, mas os sindicatos mantêm-se contra um estatuto que dizem "legitimar a precariedade do setor".
Documento aprovado será sujeito a discussão pública e enviado para a Assembleia da República, onde será discutido e votado.
As alterações foram comunicadas pela ministra da Cultura a entidades do setor, durante uma reunião realizada esta quarta-feira de manhã com os seus representantes, e serão abrangidos casos que ficaram excluídos em março.
Estruturas representativas dos trabalhadores da Cultura acusaram o Governo de excluir trabalhadores chamados "universais", de apoio social extraordinário a artistas, autores, técnicos e outros profissionais.
Teatro Nacional de São Carlos decidiu só pagar 80% de produção cancelada devido à pandemia. Artistas atacam diretora. Sindicato diz que se trata de decisão "injusta e incorreta". Ministério da Cultura não comenta.
O protesto "Na Rua Pelo Futuro da Cultura" pretende ter âmbito nacional e é promovido por várias estruturas.
Com a entrada em vigor do segundo estado de emergência e o decreto de um novo recolher obrigatório, salas de espetáculos um pouco por todo o país viram-se obrigadas a alterar horários ou a adiar programação.
Esta é uma tentativa de contornar as limitações impostas pelo recolher obrigatório, de modo a conseguirem sobreviver a mais uma "machadada" no setor.
Portugal tem de transpor para a legislação nacional uma diretiva europeia, que tem como objetivo regulamentar a atividade dos serviços de televisão e dos serviços audiovisuais a pedido, conhecidos como VOD ('video on demand'), como as plataformas Netflix, HBO e Amazon. Setor em Portugal está dividido em relação a esta transposição.
Seis entidades ligadas ao cinema, espetáculo e audiovisual acusam o Ministério da Cultura de "insistir" em manter a precariedade e de "não querer acabar com o trabalho sem direitos".
"Espero que este seja um exemplo para o país inteiro", pede membro da direção do Sindicato dos Trabalhadores de Espetáculos, do Audiovisual e dos Músicos.
A ministra da Cultura comprometeu-se com um grupo de profissionais do setor a ter o estatuto do intermitente finalizado até ao final do ano.
Sindicato dos Trabalhadores de Espetáculos, do Audiovisual e dos Músicos pretende transformar o Rossio, em Lisboa, a Avenida dos Aliados, no Porto, e a zona do Teatro Lethes, em Faro, "num grande espaço de luta, de protesto".