
Venda dos seguros do Montepio a chineses foi abortada
A Montepio Seguros, dona da Lusitania, já não vai ser alienada aos chineses da CEFC China Energy. O travão foi posto pela ASF, que decidiu colocar um ponto final na operação.
A Montepio Seguros, dona da Lusitania, já não vai ser alienada aos chineses da CEFC China Energy. O travão foi posto pela ASF, que decidiu colocar um ponto final na operação.
A Lusitania teve prejuízos de 16 milhões de euros em 2017. Em 2016, as perdas tinham sido de 34,6 milhões, valor que resultou de uma revisão em baixa face aos 8,4 milhões que estavam contabilizados. A companhia de seguros do ex-BPN foi a grande responsável. O Público refere que a accionista Montepio injectou 30 milhões este ano.
A Fundação Calouste Gulbenkian anunciou que "decidiu pôr termo à negociação" que tinha como objectivo vender a Partex. Em causa estão as suspeitas em torno do grupo chinês que estava interessado neste activo.
O gabinete do primeiro-ministro desmente "cabalmente" que tenha sido a ponte de ligação entre o investidor chinês e o Montepio.
O gabinete do primeiro-ministro desmente que tenha sido a ponte de ligação entre o investidor chinês e o Montepio.
O presidente da associação mutualista disse em Setembro que o grupo privado que quer comprar 60% da Montepio Seguros foi encaminhado pelo gabinete de António Costa, avança o Público.
Segundo o presidente da Associação Mutualista Montepio Geral, Tomás Correia, foi do gabinete de António Costa que veio a sugestão de negociar com a CEFC-China Energy Company Limited
A forte revisão em baixa do valor patrimonial da Lusitânia Seguros, por causa de um activo tóxico adquirido ao antigo BPN, pode forçar a Mutualista Montepio a ter que aumentar o capital da empresa, caso a venda da "holding" seguradora a um grupo chinês não se concretize.
CEFC também está a negociar a compra da Partex, petrolífera da Fundação Calouste Gulbenkian
Ye Jianming, fundador e presidente da CEFC China Energy, que no ano passado adquiriu as seguradoras da Associação Mutualista Montepio, está a ser investigado na China.
Desde Novembro que o negócio de entrada da CEFC no Montepio está em cima da mesa. A avaliação da ASF está em curso, mas não há qualquer operação notificada pela Autoridade da Concorrência. O Público escreve que as contas da Montepio Seguros estão a dificultar o negócio. O Eco sublinha que a compra da Partex é a prioridade para os chineses.
Martin Essayan é o único representante da família no conselho de administração da Fundação Calouste Gulbenkian e confirma que a decisão foi tomada de forma "unânime" pelos administradores.
O grupo CEFC China, que agora está interessado na Partex, comprou em Novembro do ano passado a maioria do capital da seguradora Lusitânia, do Montepio. Neste caso apenas falta a autorização do regulador para efectivar o negócio.
A maioria do capital da área de seguros da mutualista do Montepio foi vendida ao grupo chinês CEFC, no âmbito do acordo de parceria assinada em Setembro. O valor não foi revelado, mas a entrada será feita mediante aumento de capital.
Aposta forte