O relatório do Serviço de Monitorização das Alterações Climáticas do programa da União Europeia Copernicus (C3S) e da Organização Meteorológica Mundial (OMM) indica que quase metade da Europa registou temperaturas recordes anuais em 2024.
O valor global atingido é equivalente a 1,60°C acima de uma estimativa da temperatura de 1850-1900 designada como o nível pré-industrial.
Vários países como Espanha, Japão, Austrália e várias províncias da China anunciaram esta semana terem medido níveis históricos de calor relativos ao mês de agosto.
Programa europeu Copernicus revela que a temperatura média global à superfície da Terra foi 17,09ºC.
"Junho marca o 13.º mês consecutivo de temperaturas globais recorde e o 12.º mês consecutivo a exceder 1,5º acima dos tempos pré-industriais", disse o diretor do C3S, Carlo Buontempo.
O continente europeu é aquele que aquece mais rápido, com as temperaturas a aumentarem cerca do dobro da média global, realçam a OMM e o C3S.
O aumento da temperatura é apresentado pelo C3S como o resultado das contínuas emissões de gases com efeito de estufa provenientes da queima de combustíveis fósseis e do fenómeno climático El Niño.
O Programa Copernicus da União Europeia (UE) avança ainda que, pelas anomalias excecionais das temperaturas, é praticamente certo que 2023 será o ano mais quente de que há registo.
O mês mais quente alguma vez registado até agora foi julho de 2019. "A era da ebulição global chegou", avisou o secretário-geral da ONU, António Guterres.
Na região da Estremadura, a temperatura do solo ultrapassou os 60 graus esta semana. Filipe Duarte Santos, especialista em alterações climáticas, alerta para um cenário "preocupante e que não pode ser aligeirado".
Relatório anual do Serviço de Monitorização Copernicus dá conta de dados alarmantes e aponta 2022 como o ano mais quente de sempre. A previsão é que venha a piorar.
Conclusão é do Programa de Observação da Terra da União Europeia Copernicus, que adianta que na Europa, 2022 foi o segundo ano mais quente de sempre.
Durante o mês de outubro existiu uma onda de calor que fez com que fossem registadas temperaturas "quase 2 graus Celsius superiores do que as do período de referência, de 1991 a 2020".
Apesar de o verão estar próximo à média de 1991-2020, o Serviço Copernicus de Mudanças Climáticas recorda que as diferentes regiões da Europa registaram condições muito contrastantes, com "temperaturas máximas recordes em países mediterrâneos".
O estudo mostrou que as temperaturas na Europa continuam numa trajetória de aquecimento, e que, à escala global, 2020 é um dos três anos mais quentes desde que existem registos, um recorde que tem sido quebrado consecutivamente nos últimos seis anos.
