O debate instrutório hoje iniciado tem lugar depois de as empresas arguidas não terem conseguido chegar a acordo com uma das 58 vítimas que se constituíram assistentes.
Em março de 2017, o Ministério Público deduziu acusação contra a ADP, a GE e outros sete quadros destas empresas, por responsabilidades no surto que em 2014 causou 12 mortes e infetou 403 pessoas.
Nitrato de amónio é produzido em Portugal para adubo. Empresa fabricante garante que é em concentrações baixas e que o risco de explosão é nulo.
São arguidos um administrador, o diretor e o supervisor do setor da produção da ADP. São também acusados neste processo quatro funcionários da empresa contratada para fiscalizar e monitorizar as torres de refrigeração.
Para esse dia, está marcada a inquirição do então delegado de Saúde Regional de Lisboa e Vale do Tejo.
Acordos firmados, alguns com familiares das oito vítimas mortais, já deram entrada no Tribunal de Instrução Criminal de Loures. Ainda estão em curso negociações com outras vítimas.
O surto de 'legionella' de novembro de 2014 afetou, sobretudo, as freguesias de Vialonga, Póvoa de Santa Iria e Forte da Casa e provocou 12 mortes.
O surto de legionella de Vila Franca de Xira em Novembro de 2014 infetou, pelo menos, 403 pessoas e provocou a morte a outras 12. Leonel Ferreira, de 67 anos, pedia 200 mil euros à empresa por o ter deixado incapacitado.
Um ano e oito meses após o Ministério Público acusar nove arguidos, o processo judicial continua.
Associação está a ponderar avançar com ação conjunta para o Tribunal Europeu dos Direitos do Homem.
Mesmo com a produção parada, os trabalhadores continuam a apresentar-se diariamente ao serviço, diz a edição desta sexta-feira, 19 de Dezembro, do Sol. A empresa esteve na origem do recente surto de legionella.
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