O país necessita de aproveitar o crescimento e a melhoria de alguns indicadores económicos, para contrariando o mais fácil, acelerar rumo a um futuro mais sustentável e com maior valor acrescentado para os cidadãos e cidadãs. Uma das áreas onde devemos investir desde já é na inovação nas medidas de apoio à procura de emprego. Um plano que valorize transversalmente o desenvolvimento das ditas soft skills (combinação de competências interpessoais, sociais, de comunicação, atitudes, inteligência social e emocional), como forma de melhorar a empregabilidade individual e a competitividade seria verdadeiramente uma pedrada no charco e um bom aproveitamento de recursos para preparar o futuro com pessoas mais aptas para lidar com a mudança, para o trabalho em equipa, com foco na resolução de problemas e comunicação eficaz. Tudo competências muito procuradas hoje pelo mercado de trabalho e apontadas para necessidades futuras. E o que fazem as políticas de emprego e os serviços de emprego para valorizarem os seus utentes, desenvolvendo as competências destes para que melhorem as suas possibilidade de ajustamento ao que as organizações procuram? Muito pouco! Portugal tem aqui uma oportunidade. E porquê? Já lá vamos.