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"Muitas vezes perdemos a paciência": Papa Francisco pede desculpa por bater em mão de fiel

01 de janeiro de 2020 às 12:51

Líder da Igreja Católica pediu desculpas pelo "mau exemplo" dado após uma mulher asiática lhe ter apertado a mão no centro da cidade do Vaticano.

O Papa Francisco fez esta quarta-feira um pedido de desculpas, antes da tradicional oração do Angelus, por ter "perdido a paciência" na noite anterior contra uma fiel asiática que apertou a sua mão com muita força durante um percurso junto a uma multidão.


"Muitas vezes perdemos a paciência. Isso acontece comigo também. Peço desculpas pelo mau exemplo dado ontem [terça-feira]", disse o chefe da Igreja Católica, da janela do Palácio Apostólico na Praça de São Pedro, na cidade do Vaticano.

O momento aconteceu quando Francisco encontrava-se a caminho do presépio no centro da cidade do Vaticano. Ao afastar-se da multidão, o Papa foi agarrado por uma mulher que o puxou na sua direção. Para se libertar, o clérigo bateu na mão da mulher. As imagens foram captadas e divulgadas amplamente nas redes sociais. No vídeo é possível ver o papa Francisco transtornado, reclamando de forma breve com a mulher que estava entre os peregrinos. 

Na primeira missa de 2020, o Papa Francisco defendeu que a defesa da paz e a construção de um mundo melhor exigem o respeito pela dignidade das mulheres, afirmando que a violência que lhes é infligida é "profanação de Deus".

"Toda a violência infligida às mulheres é profanação de Deus, nascido de uma mulher. A salvação chegou à humanidade, a partir do corpo de uma mulher: pelo modo como tratamos o corpo da mulher, vê-se o nosso nível de humanidade", afirmou o chefe da Igreja católica na homilia da missa de hoje na Basílica de São Pedro, no Vaticano.

A celebração de 01 de janeiro assinala também o 53.º Dia Mundial da Paz, na Igreja Católica.

Francisco referiu-se ainda a situações de exploração em que "muitas vezes os corpos das mulheres são sacrificados no altar profano da propaganda, do lucro, da pornografia".

O Papa lamentou que enquanto as mulheres são, nas suas palavras, "as fontes da vida", sejam continuamente ofendidas, espancadas, violadas, forçadas à prostituição" ou forçadas a fazer abortos.

O líder dos católicos disse ainda que uma conquista para as mulheres é "uma conquista para toda a humanidade".

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