Orgulhoso de ser um festival singular que dá atenção a três vertentes (música, património cultural e biodiversidade), o Terras Sem Sombra encontra no Alentejo a expressão máxima destes elementos. A apresentação da 14.ª edição ocorreu na Embaixada da Hungria em Lisboa no passado mês de Janeiro
Conhecer monumentos e tradições musicais e gastronómicas alentejanas e ouvir música antiga, em fins-de-semana únicos, é o que propõe, mais uma vez, o Festival Terras Sem Sombra, que na sua 14.ª edição - com foco na Hungria, país convidado por ser "muito musical, com vasto património histórico e o único lugar, além da Península Ibérica, onde há abetardas comuns a voar - reforça o "namoro incompreendido" entre a música clássica e sacra, considerada erudita, e as tradições culturais alentejanas, com a sua gastronomia e o tradicional cante alentejano, áreas mais populares: onde muitos viam uma divisão rígida, na verdade invisível, os criadores do festival observaram pontos em comum e, em 2003, o Terras Sem Sombra arrancou, segundo o seu director, José António Falcão, com "a intenção inicial de trazer nova vida aos monumentos alentejanos", com a música sacra a servir de banda sonora. Desde então, já passou por 15 localidades, de 12 concelhos do Alentejo.