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Crítica de Livros: Gente Séria

Hugo Mezena estreia-se com prosa desenvolta, o crítico elogia

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Edição de 16 a 22 de setembro
Eduardo Pitta 21 de março de 2018 às 10:00

É bom ler um primeiro romance esgalhado em prosa desenvolta. Falo de Gente Séria, estreia de Hugo Mezena (n. 1983) no género. Frases enxutas, e em regra curtas, mergulham o leitor no seio de uma família em ambiente rural. Isenta de retórica, a intriga flui com naturalidade. Nenhum malabarismo semântico belisca o discurso: "Talvez o avô Jorge tenha começado a ficar senil no dia em que andou aos gritos pela casa." Tendo boa noção dos tempos do discurso, bem como do efeito de distanciação, o narrador evita todo o tipo de enxúndia. A literalidade tem os seus óbices, mas é sempre preferível a metáforas patetas.

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